a manterem-se as atuais medidas de austeridade, a Europa terá mais de 25 milhões de pessoas a viverem no limiar da pobreza em 2025, prevê um estudo da organização não governamental Intermón Oxfam
a manterem-se as atuais medidas de austeridade, a Europa terá mais de 25 milhões de pessoas a viverem no limiar da pobreza em 2025, prevê um estudo da organização não governamental Intermón Oxfam a austeridade está a paralizar o crescimento da Europa, a causar mais pobreza e desigualdade, e se os cortes se mantiverem, em 2025 mais de 25 milhões de europeus poderão estar a viver no limiar da pobreza, conclui um estudo promovido pela organização não governamental Intermón Oxfam. a análise prevê ainda que um quarto da população do velho continente esteja em risco de ser considerada pobre, caso a atual tendência não seja corrigida. a gestão europeia da crise económica ameaça retroceder décadas de progresso em máteria de direitos sociais. Os cortes agressivos na segurança social, saúde e educação, a diminuição de direitos dos trabalhadores e um sistema fiscal injusto estão a prender milhões de cidadãos europeus ao círculo vicioso da pobreza que poderá perdurar durante décadas. Não tem sentido moral nem económico, refere Teresa Cavero, uma das autoras do relatório. Para a responsável pelo departamento de investigações da Oxfam, a austeridade hoje, como as medidas de ajuste no passado na américa Latina e Ásia, não só não são a solução para a crise, como podem ser o remédio errado que acabará por matar o paciente. Se os líderes da Espanha, Grécia, Irlanda, Itália, Portugal e Reino Unido não mudarem de rumo, estes países estarão brevemente entre as nações com maior desigualdade no mundo, acrescenta Cavero. É possível impulsionar um novo modelo de crescimento. Investindo em escolas, hospitais, habitação, investigação e tecnologia, milhões de cidadãs e cidadãos europeus poderão voltar a trabalhar e a promover uma economia sustentável, conclui Teresa Cavero, solicitando aos responsáveis europeus e aos ministros das finanças da União Europeia que travem a austeridade e apostem noutros modelos de desenvolvimento social e económico, invistam nas pessoas, reforcem a democracia e procurem um sistema fiscal justo.