Os desafios dos nossos tempos pedem à Igreja que reforce a sua vocação missionária e aos cristãos que ponham em prática toda a sua misericórdia, sendo discipulos ativos do Evangelho e acérrimos defensores da vida, referiu, em Fátima, o arcebispo de Boston
Os desafios dos nossos tempos pedem à Igreja que reforce a sua vocação missionária e aos cristãos que ponham em prática toda a sua misericórdia, sendo discipulos ativos do Evangelho e acérrimos defensores da vida, referiu, em Fátima, o arcebispo de BostonTemos que ser uma Igreja missionária e encontrar novas formas de levar o Evangelho ao mundo contemporâneo, afirmou em Fátima, esta quinta-feira, 12 de setembro, o arcebispo de Boston (EUa), Seán O’Malley, apelando aos cristãos que evitem ser apenas equipas de manutenção da fé, mas que se transformem em verdadeiros discípulos de transmissão da Palavra de Deus, pondo o outro em primeiro lugar e ajudando-o a ser virtuoso Vivemos num mundo obcecado por celebridades. as celebridades ocuparam o lugar dos antigos heróis e heroínas e sabemos que estas celebridades têm, por vezes, vidas superficiais e centradas nelas próprias. Mas nós temos os santos, que devem servir de exemplo para os jovens, sublinhou o cardeal, na conferência conclusiva do 28º Encontro da Pastoral Social, no Centro Pastoral Paulo VI. Recorrendo a citações, anedotas e parábolas, O’Malley, que integra o grupo de cardeais nomeado pelo Papa Francisco para o ajudarem na reforma da Cúria Romana, defendeu a necessidade da Igreja descobrir e praticar o Evangelho da vida, que é a misericórdia. Os nossos esforços para sarar as feridas da sociedade vão depender da nossa capacidade para amar, com autenticidade e sem medo da bondade e da ternura, acrescentou. Em relação à questão do aborto, o arcebispo explicou que os verdadeiros cristãos são contra a interrupção voluntária da gravidez não porque sejam maus ou mesquinhos, mas porque amam a vida. Quando uma sociedade começa a negar a vida, acaba por perder a sensibilidade social do acolhimento. E o acolhimento revigora a moral, disse O’Malley, frisando que só o amor da Igreja pode mostrar que a vida de uma criança é sagrada.