Há 60 anos, os Estados Unidos lançaram a bomba atómica sobre a cidade japonesa de Hiroshima, causando 300 mil mortos.
Há 60 anos, os Estados Unidos lançaram a bomba atómica sobre a cidade japonesa de Hiroshima, causando 300 mil mortos. O Japão quer ser um país pacífico e não nuclear. É o nosso dever diante das vítimas. Somos o único país do mundo que sofreu uma tal devastação. São palavras do presidente japonês Junichiro Koizumi, em Hiroshima, onde há 60 anos os Estados lançaram a bomba atómica, perante uma multidão de 55 mil pessoas.
Por sua vez, o presidente da Câmara de Hiroshima, Tadatoshi akiba, afirmou: Respeitando a vontade dos mais de 300 mil mortos pela bomba, é tempo de passar à acção. Não o querem fazer os cinco membros permanentes do conselho de segurança das Nações Unidas, todos detentores de armas atómicas, não o querem a Índia, Paquistão e Coreia do Norte que pretendem possuir as suas armas nucleares. Pelo solenemente ao governo do meu país que apoie até às últimas consequências a proposta de conseguir, no prazo de um ano, um voto maioritário nas Nações Unidas que obrigue todos a eliminar estas armas até 2020.
após a mensagem de Tadatoshi akiba, duas crianças leram o juramento da paz, recordando as palavras de João Paulo II durante a sua visita a Hiroshima, em 1981: a guerra é obra dos homens. a guerra é a morte. Quem pensa em Hiroshima, nega a guerra nuclear, quem pensa em Hiroshima assume a responsabilidade da paz.
O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi annan, manifestou a sua preocupação pelos riscos sempre mais graves de adiar o tratado de não proliferação nuclear. E acrescentou: O mundo fez poucos progressos para responder a estes novos desafios
Segundo as estatísticas oficiais, são 266 mil os sobreviventes da bomba atómica ainda vivos. a sua média de idade é superior a 73 anos e a maioria ainda hoje se debate com diversas formas de tumores provocados pelas radiações.