a manutenção do conflito armado na Síria pode deixar cicatrizes «duradouras» e «invisíveis» em mais de quatro milhões de crianças refugiadas. Muitas já sofrem de pesadelos frequentes e mostram comportamentos agressivos
a manutenção do conflito armado na Síria pode deixar cicatrizes «duradouras» e «invisíveis» em mais de quatro milhões de crianças refugiadas. Muitas já sofrem de pesadelos frequentes e mostram comportamentos agressivos a diretora regional do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) no Médio Oriente e Norte de África, Maria Calivis, alertou esta semana que o alargamento do conflito sírio pode deixar cicatrizes duradouras e invisíveis em mais de quatro milhões de crianças, devido à exposição prolongada à violência, ao stress, aos múltiplos deslocamentos e à perda de familiares e amigos. Segundo a responsável, muitos dos pais asseguram que os seus filhos sofrem de pesadelos frequentes e mostram comportamentos imprudentes e agressivos, entre outras manifestações, como molhar a cama durante a noite ou revelar maior isolamento e dependência. Para evitar que as crianças percam os sentimentos básicos, a organização está a pedir ajuda para financiar as atividades nos campos de refugiados. Desde o início do ano, cerca de 470 mil menores receberam apoio emocional – 250 mil foram assistidos na Síria, enquanto os outros beneficiaram do trabalho dos especialistas em proteção da infância nos campos de refugiados do Líbano, Jordânia, Iraque e Turquia. apesar do país continuar em guerra, a UNICEF pretende manter os seus programas em funcionamento, inclusivé nas zonas mais complicadas, como Homs, Daraa e aleppo.