Conselho Permanente da Conferência Espiscopal Portuguesa considera que a abstenção é desistir da contribuição para melhorar a vida da comunidade. E apela ao esforço de todos para curar os males que atingem a saúde da Política nacional
Conselho Permanente da Conferência Espiscopal Portuguesa considera que a abstenção é desistir da contribuição para melhorar a vida da comunidade. E apela ao esforço de todos para curar os males que atingem a saúde da Política nacional Seguindo o apelo do Papa Francisco, o Conselho Permanente (CP) da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) emitiu um comunicado, esta terça-feira, 10 de setembro, onde exorta os cristãos a envolverem-se na política e a exercerem o direito de voto nas próximas eleições autárquicas, agendadas para o próximo dia 29. a abstenção acaba sempre no beco sem saída da desistência de contribuir para melhorar a vida da comunidade, refere o documento. Nós, os cristãos, não podemos fazer como Pilatos: lavar as mãos’! Temos de nos meter na política, porque a política é uma das formas mais altas da caridade, dado que busca o bem comum. E trabalhar para o bem comum é um dever do cristão, sublinham os bispos, assinalando que compete aos profissionais da política consolidar o sistema democrático, pela sua honestidade, competência e espírito de serviço. admitindo que nem tudo está bem na política portuguesa, o porta-voz da CEP, padre Manuel Morujão realçou, no entanto, que não se deve generalizar e embarcar na tentação de descredibilizar as pessoas que estão envolvidas em cargos políticos, dizendo que a política é um negócio que suja as mãos de quem se mete nela. a política precisa de ter uma saúde melhor, de fazer marcha-atrás nos maus exemplos, mas é uma ocasião excelente de enobrecer quem esta nela e de enobrecer o povo que serve. Na reunião, realizada em Fátima, os bispos que compõem o Conselho Permanente da CEP analisaram ainda um projeto de mensagem sobre o mundo do trabalho, que deverá ser tornada pública em novembro, após a próxima assembleia Plenária. O conteúdo deverá incidir na importância do trabalho humano e da empregabilidade na resolução da atual crise económica e social. No final do encontro, foi endereçado um voto de solidariedade às famílias dos bombeiros feridos e mortos nos incêndios deste ano, e manifestado apreço pelo heroísmo dos soldados da paz. Foi também anunciado que a campanha da Cáritas Portuguesa, no Natal, terá como objetivo a ajuda à população síria, a favor da qual reverterão 35 por cento das receitas obtidas com a venda de velas. E que a Igreja apoia a campanha europeia Um de nós, destinada a vetar a atribuição de dinheiros comunitários a experiências com embriões ou à promoção de práticas abortivas.