‘Saciai-nos, Senhor, com a vossa misericórdia, para que se converta em alegria a nossa vida’, diz-nos o salmo responsorial de hoje (Salmo 89 [90]).

‘Saciai-nos, Senhor, com a vossa misericórdia, para que se converta em alegria a nossa vida’, diz-nos o salmo responsorial de hoje (Salmo 89 [90]).

a 2a leitura da Missa de hoje é verdadeiramente uma jóia de amor e de ternura, e também de trocadilhos inteligentes, tudo e sempre em vista da caridade para com alguém que, legalmente, pecara’. Trata-se da carta de S. Paulo a Filémon, um cristão de elevada posição social na cidade de Colossos, atual Turquia, que Paulo tinha convertido ao cristianismo. Filémon tinha um escravo, Onésimo, que fugira depois de ter cometido alguma sensaboria contra o seu patrão. Segundo a lei de então, Onésimo, se apanhado, seria julgado e condenado, até mesmo à morte. Onésimo, não se sabe como nem porquê, vai encontrar Paulo, nesse tempo já prisioneiro a caminho de Roma, onde vai ser julgado, e finalmente condenado à morte. O amor de Paulo a Cristo leva-o a pregar o evangelho a Onésimo e a convertê-lo ao cristianismo. De fato, Onésimo torna-se um ajudante eficaz de Paulo. Evidentemente, Paulo tem de reenviar Onésimo a Filémon, era a lei.com uma doçura extraordinária, Paulo apresenta vários argumentos para que Filémon aceite Onésimo como um irmão muito querido em Cristo. Por um lado Paulo diz que não quer impor nada a Filémon, mas diz também que Filémon deve a Paulo a sua conversão a Cristo. ao enviar Onésimo a Filémon, Paulo afirma que lhe envia o seu próprio coração. Onésimo, diz o apóstolo, fui eu que o gerei nas algemas, que o converti a Cristo eu, Paulo, prisioneiro por amor do Senhor. Finalmente, pede Paulo a Filémon: recebe Onésimo como me receberias a mim próprio. Vemos nesta carta do apóstolo toda a ternura e doçura que tantos anos de pregação apóstólica tinham levado Paulo a viver uma vida plena de amor a Cristo e ao próximo. E a leitura desta pequena carta (pouco mais de 400 palavras), pode ser para nós uma fonte de interiorização sobre o lugar de Cristo e da sua palavra na nossa vida. E dado que nos apresenta um escravo, a leitura desta carta é também uma ocasião para pensarmos nas inumeráveis escravaturas dos nossos dias em que parece que, cada vez mais, se eclipsa a liberdade de tantos milhões de indivíduos mundo além. P. S. : Mesmo não se podendo celebrar hoje a festa do Natividade da Virgem Santa Maria por ser domingo, é uma ocasião preciosa para lhe cantarmos o nosso Parabéns, e até mesmo para dar um amicíssimo chi-coração à Mãe de Jesus e de todos os amigos e amigas dela.