a Organização das Nações Unidas para a Educação (UNESCO) revela que existem atualmente 36 milhões de meninas por escolarizar em todo o mundo. a pobreza e as atitudes machistas estão a contribuir para o afastamento da escola da população feminina
a Organização das Nações Unidas para a Educação (UNESCO) revela que existem atualmente 36 milhões de meninas por escolarizar em todo o mundo. a pobreza e as atitudes machistas estão a contribuir para o afastamento da escola da população femininaaproveitando a comemoração do Dia Internacional da alfabetização, que se assinala domingo, 8 de setembro, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) denuncia a existência de 495 milhões de mulheres em situação de analfabetismo e 36 milhões de meninas não escolarizadas, alertando que a educação é um direito fundamental e uma das bases essenciais para transformar a vida das pessoas. a alfabetização é muito mais do que uma prioridade educativa. É um investimento no futuro. Queremos um século em que todas as crianças saibam ler e explorar essa vantagem para ganhar autonomia, afirma a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, no âmbito da campanha de combate ao analfabetismo lançado pela organização. Tanto a Declaração Universal de Direitos Humanos de 1948, como a Convenção sobre os Direitos da Criança e os Objetivos de Desenvolvimento para o Milénio da ONU, proclamam o direito ao ensino primário, gratuito e obrigatório, e fixam o ano de 2015 como meta para a redução ou erradicação do analfabetismo. Segundo o atlas mundial da igualdade de género na educação, editado pela UNESCO em 2012, as crianças do sexo feminino continuam a ser prejudicadas no acesso ao ensino, apesar de mostrarem maiores taxas de permanência e melhores resultados que os rapazes, quando incorporadas no sistema educativo. Na origem desta discriminação estarão fatores como a pobreza – sobretudo em zonas rurais – e as atitudes sexistas, alerta, por sua vez, a organização não governamental InteRed. Para os responsáveis da instituição, se a tendência atual se mantiver será pouco provável que se alcance a meta do ensino primário universal em 2015.