a vida dos missionários está ligada à oração, ao sacrifí­cio e às lágrimas de tantas pessoas, familiares ou não, que os acompanham ao longo do serviço que prestam à missão seja onde for
a vida dos missionários está ligada à oração, ao sacrifí­cio e às lágrimas de tantas pessoas, familiares ou não, que os acompanham ao longo do serviço que prestam à missão seja onde forJoelheiras manchadas de sangueCom a Igreja matriz de Cardigos repleta de fiéis, no fim da manhã deste domingo, dia 1 de setembro, os missionários da Consolata Norberto Ribeiro Louro e José Maria Marçal, celebrando as bodas de ouro do seu sacerdócio, deram uma alma nova missionária à comunidade que os viu nascer. aludindo ao banquete de que falava o Evangelho, Norberto Louro, presidente da celebração, tendo ao lado José Marçal e um bom número de missionários da Consolata, aludindo ao Evangelho do dia, afirmou que nestes 50 anos, foram tantas as celebrações ou banquetes com Jesus na tentativa de O imitar e de entrar em contacto com Ele. Por isso, a ação de graças é primeiramente para Ele que bateu à nossa porta. Disse que, se é verdade que foram os dois festejados que O deixaram entrar, Cristo abriu também os corações de tantas pessoas, sobretudo os familiares, que não só permitiram que eles enveredassem por esta aventura como até foram eles que os enviaram e sempre os acompanharam de tantos modos. Para testemunhar que a sua vida está ligada à oração e aos sacrifícios de tanta gente, revelando um facto pessoal, este missionário, disse que um dia destes, revolvendo a arca onde a mãe tinha guardado a sua mortalha, encontrou umas joelheiras manchadas de sangue. Eram as joelheiras que a sua mãe usara nas voltas à capelinha das aparições em Fátima, em 11 de outubro de 1949, dia em que ela o foi levar ao seminário, pela primeira vez. Percorrendo a vida dos dois festejados, o celebrante recordou que aquilo que semearam com lágrimas, produziu milagres na missão. Os tempos atribulados da guerra em Moçambique geraram a independência e uma Igreja viva, cheia de fé, hoje orgulho de tantos missionários. Os tempos alegria e de luta de José Marçal na amazónia levaram ao reconhecimento dos direitos dos índios pelos quais ele tanto lutou. O missionário concluiu agradecendo a todas as pessoas que com eles foram nestes 50 anos construtoras da missão e recordou que nem sempre foi fácil, mas houve uma certeza: Não fostes vós que Me escolhestes, fui Eu que vos escolhi e por isso, rematou, não é obra nossa. E lembrou aos jovens que Deus continua a bater à porta com propostas de horizontes amplos. Os agradecimentos a toda a comunidade foram corroborados no fim da celebração pelo padre José Marçal, pelo padre antónio Fernandes, provincial da Consolata e por uma senhora em nome da comunidade.