Cem anos de sacerdócio não são coisa pouca. Juntos, celebraram as suas bodas de oiro como sacerdotes ao serviço da missão os padres da Consolata Norberto Ribeiro Louro e José Maria Marçal
Cem anos de sacerdócio não são coisa pouca. Juntos, celebraram as suas bodas de oiro como sacerdotes ao serviço da missão os padres da Consolata Norberto Ribeiro Louro e José Maria MarçalPrimeiro em Casais de São Bento
Foi na pequena aldeia de Casais de São Bento que a festa começou. No meio de denso arvoredo com pomares e vinhas já prontas para a vindima encontra-se a antiga capela de São Bento. No fim da manhã do dia 31 de agosto toda a população residente, com alguns vindos de longe, se reuniu para celebrar o conterrâneo missionário na amazónia, José Maria Marçal, e o colega de curso e de missão Norberto Ribeiro Louro, da Chaveirinha, sempre na freguesia de Cardigos. Na homilia repartida, ambos acentuaram a importância da família e de todas as pessoas que os acompanharam ao longo destes 50 anos de serviço missionário. Citando a parábola dos talentos do Evangelho do dia, José Marçal afirmou que Deus colocou-nos a todos neste mundo para trabalharmos na grande paróquia que é a humanidade, cada qual com as suas capacidades, segundo o grande projeto de Deus. a festa não é só nossa, é de todos – disse o festejado – e por isso não posso desligar a minha caminhada de todos estes anos das pessoas que me acompanharam, sobretudo os membros da minha família. Norberto Louro, com um longo tempo de serviço em Moçambique, e antigo provincial da Consolata em Portugal, quis acentuar o acolhimento extraordinário recebido nesta última semana em que passaram por todas as capelas de Cardigos e Proença-a-Nova, despertando nas pessoas a paixão pela missão. afirmou igualmente que a missão não é só nossa, é de toda a gente que se envolveu nesta aventura para que chegássemos a este dia. E concretizou dizendo que os pais, para quem a maior alegria era ter um filho sacerdote missionário, foram eles próprios que nos fizeram a proposta, do mesmo modo que os irmãos que ficaram nas nossas terras a suportar o peso do trabalho familiar. Todos contribuíram para que esta missão fosse possível. O festejado não esqueceu de referir que este serviço que ambos abraçaram de todo o coração não foi isento de sacrifícios, da parte deles e da parte dos familiares, sabendo bem que nada de grande se consegue fora do sacrifício de cada dia. O modo como toda a população da aldeia soube juntar-se para celebrar em harmonia acontecimentos como estes ficou patente também na refeição que se seguiu. Durante toda a semana, os dois missionários, juntamente com uma equipa alargada de outros membros da família da Consolata, incluindo uma irmã e um casal de leigos com os seus três filhos, percorreram as capelas e os lares de idosos de Cardigos e Proença-a-Nova para alargarem a celebração àqueles que não podiam deslocar-se à Igreja matriz de Cardigos. Integrada neste evento, em Proença-a-Nova, no dia 30 de agosto, foi feito o lançamento do livro de Norberto Ribeiro Louro a missão é simpática e inaugurada a exposição fotográfica Damas de Carvão, que estará patente ao público na Cafetaria/Galeria Municipal dessa vila até ao final de outubro.