Todos conhecemos o antigo provérbio: «Faz o bem e não olhes a quem». Um missionário experimentou esta realidade num contexto novo
Todos conhecemos o antigo provérbio: «Faz o bem e não olhes a quem». Um missionário experimentou esta realidade num contexto novoUm dia voltava de uma visita às comunidades mais afastadas quando encontrou numa pequena aldeia um grupo de mulheres muito constrangidas. Depois de indagar a razão de tal comportamento, foi-lhe dito que uma menina tinha sido mordida por uma serpente. Curioso e ao mesmo tempo desejoso de ajudar no que fosse possível, seguiu as mulheres até à casa da menina doente. Chegados à entrada das palhotas, foram recebidos de soslaio pelo curandeiro tradicional que, pelos vistos, já se encontrava no local havia algum tempo. Procurava também ele oferecer os seus préstimos para salvar a menina e para granjear alguns favores com as suas curas. Uma visita rápida permitiu ao missionário diagnosticar o problema: a menina tinha uma infeção grave no pé direito e agora estava ainda mais fraca porque tinha tido também um ataque de paludismo. O missionário recomendou que levassem imediatamente a menina para a clínica da missão, onde as irmãs poderiam tratar a ferida e ao mesmo tempo medicar o forte ataque de paludismo. Lá se organizou uma padiola para transportar a menina e vários homens foram comissionados para esse efeito. Depois de uma viagem atormentada, lá chegou à missão onde foi tratada com os remédios relativos e sobretudo com o grande carinho das irmãs. Três semanas depois já apresentava sinais de restabelecimento e logo a seguir pôde deixar a clínica. Foi só quando um grupo de pessoas veio agradecer ao missionário o seu interesse pela criança que lhe disseram que a menina era uma parente afastada da autoridade local, o régulo. O missionário respondeu que tinha feito o que podia sem querer saber quem era a paciente: o que lhe interessava era que a criança, fosse de quem fosse, ficasse curada. Tal como Jesus que veio até nós para tratar as nossas feridas sem olhar à situação social de cada um de nós. antes, pelo contrário: Ele procurou os mais humildes, os excluídos e os pobres do seu tempo. É isso mesmo que distingue o missionário: fazer o bem a todos sem distinção, filhos de régulos ou de plebeus. Faz o bem e não olhes a quem.