Em Fátima, está prestes a iniciar o Curso de Missiologia. a formação conta com dezenas de inscritos, e foi desenvolvida para que os participantes se tornem «mais» missionários e «atentos à realidade dos mais pobres»
Em Fátima, está prestes a iniciar o Curso de Missiologia. a formação conta com dezenas de inscritos, e foi desenvolvida para que os participantes se tornem «mais» missionários e «atentos à realidade dos mais pobres» Sessenta pessoas estão inscritas no Curso de Missiologia, uma formação que visa a qualificação do missionário, e que vai decorrer ao longo de seis dias, em Fátima. Entre os inscritos estão professores, estudantes, enfermeiros, seminaristas e candidatas à vida religiosa. animação Cultural, Educação de Infância e Serviço Social são outras das áreas de trabalho dos formandos.

Ramón Cazallas, padre missionário da Consolata, vai dirigir o Curso de Missiologia, na próxima semana, pela primeira vez. Para o sacerdote, o número de inscritos indica que existem pessoas dispostas a fazer mais clara e viva a missão entre os povos. Parece-me um valor grande, admitiu, referindo-se à quantidade de pessoas que efetuou a inscrição.

Segundo Ramón Cazallas, o curso é eminentemente missionário e foi criado para fomentar o conhecimento da missão. Não só o conhecimento intelectual, mas também a vivência da missão e a sua espiritualidade. a finalidade do curso é que as pessoas saiam mais missionárias, explicou.

Se as pessoas vão partir em missão, esta é uma boa introdução porque dá conhecimentos em relação às atitudes que uma pessoa deve ter, afirmou o sacerdote, adiantando que os formandos que não têm a intenção de realizar uma experiência missionária, podem, através desta formação, ficar mais atentos à realidade dos mais pobres.

Questionado sobre a ausência de padres diocesanos no Curso de Missiologia, o responsável admitiu desconhecer a causa do fenómeno. Os padres diocesanos, ou não têm tempo, porque estão muito ocupados com a própria paróquia, ou, verdadeiramente, alguns deles consideram que a missão é uma coisa que é dos outros. Que não lhes toca, lamentou.

O interessante seria que os padres diocesanos, e todos os sacerdotes, participassem neste tipo de curso. Depois, a sua pastoral seria de outra forma, referiu o padre Ramón, acrescentando que só uma pastoral missionária se distingue pela universalidade da mensagem, por ir ao encontro dos mais débeis, e por trabalhar mais nas periferias.

algumas vezes, passamos tanto tempo nos escritórios, com trabalhos burocráticos, que nos esquecemos que se somos padres, e se a Igreja é Igreja, é para ir ao encontro dos outros, destacou.
aludindo à história de 20 anos que tem o Curso de Missiologia, o padre Ramón sublinhou que a missão converte a Igreja. Um espírito missionário faz a Igreja ser mais viva, estar mais atenta a todos os sinais dos tempos, frisou. De 26 a 31 de agosto, serão abordados, no Seminário da Consolata, temas relacionados com a missão em Portugal, a Nova Evangelização e a espiritualidade missionária, no âmbito desta formação.