Um jovem gestor muçulmano, residente no Cairo, falou da unidade entre muçulmanos e cristãos como base para a reconstrução do país, onde etnias e religiões diversas convivem há 1400 anos
Um jovem gestor muçulmano, residente no Cairo, falou da unidade entre muçulmanos e cristãos como base para a reconstrução do país, onde etnias e religiões diversas convivem há 1400 anosÉ todo o povo egípcio que está a sofrer. Muçulmanos e cristãos estão unidos no sofrimento causado pela violência dos extremistas. Por isto peço a todos que continuem a rezar pelo Egito, declarou à agência Fides o bispo Copta-católico de Luxor, Youhannes Zakaria, encerrado há mais de 20 dias na sede do Episcopado devido à violência que atingiu o Egito.
Por seu lado, Mohamed Elhariry, um jovem gestor muçulmano, residente no Cairo, em declarações à asiaNews falou da unidade entre muçulmanos e cristãos como base para a reconstrução do país onde etnias e religiões diversas convivem há 1400 anos. Todos nós, muçulmanos, ficámos impressionados com a atitude dos católicos, coptas-ortodoxos e protestantes, vítimas da violência da Irmandade muçulmana. Os cristãos não pediram ajuda a outros países da mesma religião, mas preferiram acreditar neles próprios e no povo egípcio, declarou o jovem muçulmano. O bispo de Luxor afirmou que as condições de segurança estão a melhorar, também devido à prisão de alguns líderes extremistas que incitavam os jovens à violência. Estamos ainda fechados em casa, mas os soldados trouxeram-nos pão. Mesmo no meio deste clima de insegurança, o bispo copta-católico assegurou que no dia 22, segundo o calendário Juliano, festejarão a assunção de Nossa Senhora, com uma Missa que será celebrada na parte da manhã, e não de noite, por questões de segurança. Youhannes Zacaria agradeceu a todos aqueles que, de todas as partes do mundo, expressaram a sua solidariedade com o povo egípcio. Recebi telefonemas dos Estados Unidos e um bispo telefonou-me da alemanha. Todos nos disseram que acolheram o apelo do Papa Francisco de rezar pela paz no Egito. É uma solidariedade verdadeiramente inacreditável que me comoveu, concluiu o prelado.