Um assistente social moçambicano presta o seu serviço de voluntário com grande profissionalismo e humanidade. «Sempre com um grande sorriso nos lábios, sabe que o primeiro a ser consolado neste serviço é ele mesmo»
Um assistente social moçambicano presta o seu serviço de voluntário com grande profissionalismo e humanidade. «Sempre com um grande sorriso nos lábios, sabe que o primeiro a ser consolado neste serviço é ele mesmo»
anselmo Bila é um assistente social que, apesar de aposentado, faz um enorme trabalho no Hospital Central de Maputo, levando para frente um verdadeiro ministério de consolação entre as pessoas mais pobres e que mais sofrem por motivos de doença. É pai de quatro filhos e pertence ao grupo dos Leigos Missionários da Consolata (LMC) de Matola (Maputo). Devido à sua competência profissional na assistência social e à sua formação humana, e por ser conhecido como pessoa de grande coração, foi convidado pela direcção do Hospital Central de Maputo para regressar ao seu sector de trabalho, para apoio de situações de maior complicação. Segundo as declarações da missionária da Consolata, Giuseppina Franco, os médicos apresentam-lhe as pessoas com maiores dificuldades, e ele não se poupa em procurar caminhos para a adequada solução. Sabe atender os doentes no Hospital, escuta-os sem pressa e depois, para tomar contacto com os seus parentes, ele mesmo vai visitá-los nas suas próprias famílias. É um serviço completo como voluntário pagando ele próprio as despesas das deslocações para o seu serviço, porque acha que esta é a melhor maneira de partilhas dos seus bens com os mais necessitados, diz a missionária Giuseppina Franco. Nas famílias, anselmo é mediador de comunhão procurando reconstruir os laços entre os membros do grupo familiar sabendo que a comunhão é sempre o melhor remédio para o coração da pessoa que sofre. Perfeitamente inserido na sua cultura, sabe valorizar as crenças das pessoas para poder inserir nelas a mensagem do Evangelho, recorrendo mesmo à oração como remédio sempre eficaz para qualquer situação de sofrimento. Os Médicos do Hospital Central de Maputo convidaram-no ultimamente para uma conferência no hospital intitulada Sucessos da assistência social na unidade da dor para que, com a sua experiência e a sua competência, pudesse apresentar o seu trabalho quotidiano e desse os conselhos mais adequados para humanizar o ambiente hospitalar. O trabalho apresentado foi muito completo e muito rico do ponto de vista profissional e humano neste sector tão esquecido do ministério da consolação entre os que mais sofrem nos hospitais.