Os encontros entre parentes divididos pela Guerra da Coreia (1950/1953) foram interrompidos em 2010. a Coreia do Norte aceita agora discutir um novo calendário de visitas e convida uma delegação da Coreia do Sul para estudar estes contactos

Os encontros entre parentes divididos pela Guerra da Coreia (1950/1953) foram interrompidos em 2010. a Coreia do Norte aceita agora discutir um novo calendário de visitas e convida uma delegação da Coreia do Sul para estudar estes contactos

asiaNews noticiou hoje, 19 de agosto, que os colóquios entre as duas Coreias poderiam recomeçar a partir de 19 de setembro, por ocasião da celebração do Chuseok, a Festa de ação de Graças coreana. Pyongyang pediu a Seoul que essa discussão de possíveis encontros fosse feita no monte Kumgang, um complexo turístico que se encontra em território da Coreia do Norte, e não na aldeia de Panmujo, que se encontra em Zona desmilitarizada e desde sempre lugar para encontros governativos bilaterais. São cerca de 73 mil (quase todos com mais de 70 anos) os sul-coreanos que querem reabraçar os próprios familiares que ficaram no Norte: Se conseguir reencontrar os meus parentes – diz Kim Gyu-oh, de 84 anos – já não terei mais remorsos. Posso morrer mesmo agora. Nos últimos tempos, Seoul insistiu no aspeto humanitário da questão. Dos sobreviventes da guerra, 9 por cento têm mais de 90 anos; 40,5 por cento têm mais de 80 anos e 30,6 por cento mais de 70 anos. O governo guiado por Park Geun-hye sublinhou que seria desumano não consentir que estas pessoas possam saudar pela última vez os seus familiares. Uma desesperada necessidade de ajuda económica e alimentar ou mesmo o medo de uma renovada aliança militar entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos poderiam estar na origem deste degelo nas relações com Seoul. Precisamente esta manhã iniciaram os exercícios militares conjuntos entre os dois países, que durarão 12 dias e envolverão 50 mil soldados coreanos e 30 mil americanos.