Os Médicos Sem Fronteiras estão a encerrar todos os seus programas médicos na Somália, porque os trabalhadores da organização têm vindo a sofrer ataques violentos
Os Médicos Sem Fronteiras estão a encerrar todos os seus programas médicos na Somália, porque os trabalhadores da organização têm vindo a sofrer ataques violentos Todos os programas médicos da organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) na Somália estão a serencerrados devido aos ataques violentos contra os trabalhadores. Em comunicado, a organização refere que os grupos armados e líderes civis cada vez mais suportam, toleram ou mesmo compactuam com assassinatos, assaltos e sequestros de profissionais de ajuda humanitária. ao escolher matar, atacar e sequestrar profissionais de ajuda humanitária, esses grupos armados, e as autoridades civis que toleram as suas ações, selaram o destino de incontáveis vidas na Somália, afirmou Unni Karunkara, presidente internacional dos MSF. Estamos a encerrar os nossos programas na Somália porque a situação no país cria um desequilíbrio insustentável entre os riscos e as concessões que as nossas equipas precisam de fazer e a nossa capacidade para oferecer assistência à população, disse o responsável, em declarações aos serviços de comunicação da ONG. a organização afirma que continua comprometida com a resposta às necessidades das pessoas, mas adianta que todos os atores na Somália devem demonstrar, por meio das suas ações, pré-disposição e capacidade para facilitar a provisão de assistência humanitária à população somali e respeitar a segurança dos profissionais de ajuda humanitária que arriscam as suas vidas para cuidar das pessoas. Na Somália, mais de 1. 500 profissionais ofereciam cuidados de saúde primária gratuitos, tratavam a desnutrição, faziam consultas de saúde materna, realizavam cirurgias, davam resposta às epidemias, implementavam campanhas de imunização e distribuíam água e itens de primeira necessidade. Só em 2012, as equipas dos MSF realizaram mais de 624 mil consultas, internaram 41. 100 pacientes em hospitais, trataram 30. 090 crianças desnutridas, vacinaram 58. 620 pessoas e assistiram 7. 300 partos.