O jornal «Região de Leiria», num número especial dedicado às Migrações, acaba de publicar algumas experiências significativas de emigrantes com percursos interessantes, mas com Portugal no coração
O jornal «Região de Leiria», num número especial dedicado às Migrações, acaba de publicar algumas experiências significativas de emigrantes com percursos interessantes, mas com Portugal no coraçãoTiago Loureiro instalou-se em Frankfurt, na alemanha, depois de um período na República Checa. Licenciado em Marketing e Publicidade, trabalha numa empresa americana de software. as suas experiências de trabalho no estrangeiro levaram-no a a encarar a Europa como um país e não como um conjunto de países que apenas partilham a mesma moeda. Da vida lá fora tem apreciado sobretudo a constante aprendizagem de novas culturas. Joana Marques, aos 29 anos, vive uma experiência talvez única na vida. Desde abril, integra um projeto de investigação na Universidade de Nova Iorque (NYU), cujo objetivo é estudar as alterações nos sistemas de defesa da cavidade oral, nos doentes com infeção por HIV-2 e HIV1. adoro Nova Iorque, porque é uma cidade com uma dinâmica frenética, um dinamismo contagiante que nos impulsiona a dar o melhor, mesmo inconscientemente, diz esta investigadora leiriense. Nuno Sousa, de 24 anos, licenciado em engenharia automóvel no Politécnico de Leiria, trabalha em Oxford, Inglaterra, numa empresa responsável por toda a engenharia de pista da audi Sport. Existe um respeito muito grande pelos profissionais portugueses. a nossa qualidade e competência é reconhecida e valorizada além fronteiras, diz este emigrante para o qual regressar a Portugal para aplicar o que aprendeu está no seu pensamento, mas não por agora. Valdemar Varino, natural da Batalha, partiu para a Suíça em julho do ano passado. Levando consigo apenas o carro, carregado, deixou mulher e duas filhas em casa e, aos 44 anos, foi à procura daquilo que já não tinha: emprego e estabilidade. Não foi coragem, foi a falta de alternativas. Fui forçado a ir, porque os 600 euros que recebia não chegavam e eu tinha que alimentar as minhas duas pequenas que me são tudo. Catorze quilos mais magro do que quando partiu, fruto das várias funções que desempenhou, garante que em três meses já tinha recebido tanto dinheiro quanto receberia, durante um ano em Portugal. Na Semana das Migrações (11-17 de agosto), estas são experiências como tantas outras de gente como nós que não se encolhe perante as dificuldades, mas resiste e rompe as fronteiras do desconhecido. São milhões de pessoas que pelo mundo inteiro honram o nome do país.