O arcebispo do Luxemburgo pediu aos migrantes presentes em Fátima para ajudarem os cidadãos que «continuam a chegar aos novos países». Segundo o responsável, «é a cultura em torno do dinheiro» que isola as pessoas, mas a partilha aproxima-as
O arcebispo do Luxemburgo pediu aos migrantes presentes em Fátima para ajudarem os cidadãos que «continuam a chegar aos novos países». Segundo o responsável, «é a cultura em torno do dinheiro» que isola as pessoas, mas a partilha aproxima-asPara que serve o dinheiro ganho com tanto suor e mágoa, se a família, por estarmos ausentes, se dissolver por já não ter um centro? questionou Jean-Claude Hollerich, arcebispo do Luxemburgo, durante a celebração eucarística que decorreu no Santuário de Fátima, esta segunda-feira, 12 de agosto. Para este responsável, é o amor pela família que deve estar em primeiro lugar.
O amor significa oferecer a própria vida para que a família possa viver dignamente, trabalhar para que os nossos filhos possam vir a ter uma vida melhor que a nossa, afirmou. Durante a sua homilia, o arcebispo de Luxemburgo pediu aos peregrinos para serem fiéis à sua fé, e para não se esquecerem que existem valores para além dos materiais, que não se podem pagar com o dinheiro, como a fé e a vida cristã.
Reparai no que vos rodeia: no meio das pessoas que vos rodeiam encontrareis pessoas que sofrem. Usai o vosso tempo com essas pessoas. Não vos centreis apenas nas questões económicas, apelou. aludindo à crise económica e financeira vivida em Portugal, que está a levar muitos cidadãos a abandonarem o país, o arcebispo incitou os emigrantes de longa data a irem em auxílio das pessoas que continuam a chegar aos novos países e desafiou os fiéis a partilharem o amor com a população do país onde vivem.

É a cultura em torno do dinheiro que nos isola, disse o arcebispo, acrescentado que a oração e a partilha contribuem para a aproximação das pessoas e de Deus. Quando rezamos com insistência não temos necessidade de ter medo das coisas da vida, das realidades sociais, sublinhou. Este ano, oarcebispo do Luxemburgo, Jean-Claude Hollerich, preside à peregrinação internacional de agosto, dedicada a quem deixou o seu país natal.