Recriação histórica foi o momento alto do acampamento regional que se realiza na Quinta do Escuteiro, na Batalha, com a participação de dois mil escuteiros da região de Leiria
Recriação histórica foi o momento alto do acampamento regional que se realiza na Quinta do Escuteiro, na Batalha, com a participação de dois mil escuteiros da região de LeiriaVestidos com roupas inspiradas nos trajes do século XIV, quase dois mil cavaleiros e soldados, aguadeiros, rapazes e raparigas dos tambores, maqueiros e mensageiros, entre os sete e os 60 anos, vindos de 34 agrupamentos de escuteiros de Leiria-Fátima e um outro grupo convidado, oriundo do Luxemburgo, fizeram-se liderar em batalha pelo Condestável de aljubarrota, Dom Nuno alvares Pereira, e por El-Rei Dom João I, no lado português, e por Dom Juan I, no castelhano. No dia 8 de agosto, a seis dias da celebração do 628. º aniversário da Batalha de aljubarrota, os escuteiros do Corpo Nacional de Escutas (CNE), da diocese de Leiria-Fátima, invadiram o Campo Militar de São Jorge, em Porto de Mós, para recriar, de forma o mais rigorosa possível, o confronto medieval que garantiu, de facto, a afirmação de Portugal como país independente no quadro ibérico, fazendo cair as aspirações castelhanas, e abrindo as portas para a Epopeia Ultramarina dos Descobrimentos. a história da batalha é conhecida. a 14 de agosto de 1385, depois de, na zona da Batalha, terem ignorado um punhado de tropas lusas que os aliciava para um confronto, a vanguarda do exército de Castela, que contava com 22 mil pessoas, entre combatente e suas famílias, fez um desvio e regressava já à Estrada Real para Lisboa, quando, junto a São Jorge, Porto de Mós, voltou a encontrar a hoste comandada pelo Condestável. Dessa vez, perante as tropas organizadas em configuração de guerra, os cavaleiros franceses que integravam as forças invasoras resolveram, precipitadamente, e contra as indicações do rei Juan I de Castela, atacar aqueles provocadores sete mil portugueses e ingleses da ala da Madressilva. Passariam 15 minutos das 17 horas daquele escaldante dia 14 de agosto de 1385, quando, a toda a brida, os corcéis se esmagaram contra o aço das lâminas dos soldados de outra célebre ala. a dos Namorados, comandada por Mem Martins e Ruy Mendes. Na recriação, como já se previa, a vitória sorriu aos ingleses e portugueses, que celebraram gritando por Portugal e São Jorge, mas, no final, entre os escutas, não havia nacionalidades e inimigos, apenas lições, talvez para o futuro, aprendidas no campo de batalha. Vi como os poucos podem vencer os muitos com a inteligência e com a técnica do quadrado, explica o lobito, José Sousa, do agrupamento 1198, Santo agostinho, que foi um dos aguadeiros que saciaram a sede aos pelejadores. Pedro ascenso, o chefe regional do CNE de Leiria, que deu a voz de comando aos combatentes salienta o papel pedagógico e as respostas aos desafios da atualidade que a associação escutista se tem comprometido a dar aos jovens e suas famílias. Somos uma escola que ensina para a vida, resume. a recriação histórica foi o momento alto do aCaREG 2013, acampamento regional que se realiza na Quinta do Escuteiro, na Batalha, sob o lema São Nuno, em nome do Reino, entre 7 e 11 de agosto, com a participação de dois mil escuteiros. a atividade, que desta vez acontece sob a égide do patrono do CNE, Nuno Álvares Pereira, é organizada apenas a cada quatro ou cinco anos, reunindo os 33 agrupamentos de escuteiros da diocese que, ao longo de quase dois anos se prepararam para o acampamento.