Os muçulmanos que abandonam o islamismo para professar outra religião estão a ser detidos e acusados de espionagem. as igrejas são destruídas, as escolas cristãs encerradas e os estrangeiros expulsos
Os muçulmanos que abandonam o islamismo para professar outra religião estão a ser detidos e acusados de espionagem. as igrejas são destruídas, as escolas cristãs encerradas e os estrangeiros expulsos O presidente do Sudão, Omar al-Bashir, declarou várias vezes que pretendia tornar o país num Estado 100 por cento islâmico e está a cumprir a promessa. Nos últimos anos, sobretudo depois da independência do Sudão do Sul, as autoridades sudanesas têm intensificado a perseguição aos muçulmanos que se convertem ao cristianismo, prendendo-os e acusando-os de espionagem e apostasia – renúncia à fé islâmica. Segundo dados enviados à agência Fides por diversas organizações não governamentais, só entre 2011 e 2012, perto de 170 pessoas foram presas ou acusadas de apostasia. a lei islâmica castiga este tipo de delito’ com a pena de morte, mas não há notícias de que alguém tenha sido executado nas últimas duas décadas. No entanto, as autoridades continuam apostadas em tentar localizar os convertidos. O caso mais recente passou-se com um cristão dos Montes Nuba, contra quem o Sudão mantém um confronto militar há dois anos. Detido em Cartum e interrogado durante muito tempo por funcionários do Estado, acabou acusado de espionagem ao serviço dos rebeldes. além disso, pediram-lhe que revelasse os nomes de outros muçulmanos que se converteram ao cristianismo. Depois do governo anunciar a suspensão das licenças de construção para novas igrejas, em têm-se sucedido os casos de destruição de templos religiosos. as instituições e escolas cristãs estão a ser encerradas, os trabalhadores cristãos estão a ser detidos e os estrangeiros a receber ordens de expulsão.