a paz chegou, mas a transição para um regime mais justo é lenta e difícil. as carências são enormes e as actividades económicas principais, os diamantes e o petróleo, ficam nas mãos de muito poucos.
a paz chegou, mas a transição para um regime mais justo é lenta e difícil. as carências são enormes e as actividades económicas principais, os diamantes e o petróleo, ficam nas mãos de muito poucos. Depois de três anos de paz, angola, rica em diamantes e petróleo, ainda enfrenta um grandes desafios humanitários e de desenvolvimento.
“acreditamos que os países que dão apoio terminam mais cedo do que deviam. Não é justo, nem correcto, dizer que a guerra terminou por isso já não precisam de ajuda. Devemos reduzir a ajuda, mas não terminá-la. Continua a existir a necessidade de ajuda humanitária”, disse o director nacional do Programa alimentar Mundial (PaM) Rick Corsino. Em Julho a agência ainda alimentava 700 mil pessoas, mas tiveram que desistir de alguns projectos por falta de fundos.
“Somos um programa curto de fundos. Temos que ter muito cuidado a escolher as prioridades de cada mês: temos um pequeno programa de apoio médico ” tuberculose, sida, lepra, etc; temos os recentes retornados a quem não queremos falhar; não queremos começar com programas de alimentação escolar e ter de parar”, disse Corsino.
O programa de alimentação escolar, visto como um incentivo crítico para que os pais mandem os seus filhos à escola, teve que deixar os planos de expansão na gaveta por falta de fundos. O plano inicial era atingir as 400 mil crianças no programa no final do ano, mas teve que ser redimensionado para as 200 mil.
as grandes actividades económicas que geram riqueza são os diamantes e o petróleo, mas esta riqueza é só de muito poucos. De acordo com as estatí­sticas das Nações Unidas, angola é um dos piores lugares do mundo para ser uma criança. Quase metade das crianças angolanas não frequentam a escola, 45 porcento sofre de desnutrição crónica e a quarta parte morre antes do seu quinto aniversário.
a capacidade governamental continua fraca, e contribuir para a criação de uma administração pública funcional é uma das prioridades dos parceiros e agências de desenvolvimento.