O Uganda vai às urnas para decidir o regresso ao sistema multipartidário. Os eleitores decidem hoje se mantêm o sistema unitário ou regressam a uma democracia mais plena.
O Uganda vai às urnas para decidir o regresso ao sistema multipartidário. Os eleitores decidem hoje se mantêm o sistema unitário ou regressam a uma democracia mais plena. Os ugandeses votam hoje, 28 de Julho, num referendo para decidir se adoptam um sistema político multipartidário. Os partidos foram praticamente banidos nos últimos 20 anos, numa tentativa de pôr termo a anos de violência sectária.
Há apenas cinco anos, num referendo semelhante, escolheram manter as restrições aos partidos. Segundo a imprensa local a comissão eleitoral esforçou-se para criar entusiasmo à volta do referendo, mas muitos ugandeses ficaram confundidos com o processo.
Em declarações à BBC um dos eleitores disse que o sistema unitário estabilizou a Política, mas agora é tempo para dar um passo mais. “acredito que o Uganda já tenha amadurecido na sua consciência Política”, disse.
No entanto com o governo e os partidos da oposição a expressarem-se a favor de um sistema multipartidário muitas pessoas consideram o referendo um desperdí­cio de recursos. Os custos ascendem a 13 milhões de dólares.
Os líderes dos principais grupos da oposição estão a boicotar o referendo e espera-se pouca afluência às urnas.
a pergunta do referendo é: “Concorda com a abertura de um espaço político que permita a possibilidade de juntar-se a uma organização ou partido para competir pelo poder político?”
Durante anos, o presidente Museveni apoiou a limitação aos partidos políticos, culpando-os do passado violento do país. No entanto pressão interna e internacional por mais democracia parece tê-lo levado a apoiar o regresso a um sistema multipartidário.
No entanto, os países que dão apoio económico ao Uganda reduziram a sua ajuda devido à intenção de retirar o limite aos termos presidenciais. Museveni está a chegar ao final do seu segundo termo mas espera agora poder concorrer nas eleições do próximo ano.
a falta de educação cí­vica deixou muitos dos eleitores ugandeses confundidos e com uma atitude de voto pouco informada. Segundo a imprensa internacional é possível que o resultado seja contra o multipartidarismo. Os primeiros resultados devem ser conhecidos amanhã.