Como enfrentar o terrorismo fundamentalista? São muitas as medidas que os governos estão a tomar. Há uma regra que ninguém pode esquecer.
Como enfrentar o terrorismo fundamentalista? São muitas as medidas que os governos estão a tomar. Há uma regra que ninguém pode esquecer.

O diálogo inter-religioso é mais do que nunca actual. Fala-se dele também nestes dias atormentados, após as bombas de Londres e Egipto e as ameaças que pairam sobre a Itália. O ministro do Interior italiano, Pisanu, apontou-o como um dos pontos fundamentais para combater o terrorismo.

Poucos são aqueles que se recordam que no evangelho há uma regra, a famosa “regra de ouro”, porque comum a várias religiões, entre as quais o Islamismo. Chiara Lubich, fundadora e presidente do movimento dos Focolares citou-a expressamente numa mensagem enviada a um encontro que se está a realizar precisamente na Inglaterra. Eis a máxima de ouro que toda a gente pode praticar: “Não faças aos outros aquilo que não queres que te façam a ti”. é a chave que pode evitar o fundamentalismo terrorista.

Foi esta é a mensagem que Chiara Lubich deixou aos 600 participantes, inclusive um grupo de muçulmanos, na Mariápolis, encontro de Verão promovido por este movimento, que começou em 24 de Julho em Lake District Windermere, no norte da Grã-Bretanha. O encontro responde à pergunta: «Que futuro para uma sociedade multicultural, multiétnica e multirreligiosa?».

a mensagem em vídeo de Chiara Lubich enviada ao encontro foi gravada em 19 de Junho de 2004, no Westminster Central Hall de Londres, ao intervir perante mais de dois mil representantes de várias religiões, em particular, muçulmanos, budistas e hindus. Diante do medo face ao futuro, a fundadora dos Focolares apresenta a visão de Santo agostinho em tempos de migrações de povos, fenómeno que não deve dar lugar a um confronto de civilizações, mas ao «nascimento de um mundo novo».

Chiara Lubich apresenta o diálogo como prevenção ao terrorismo e o caminho para actuá-lo é essa «regra de ouro» comum a muitas religiões: “Não faças aos outros aquilo que não queres que te façam a ti”.

Trata-se de um amor que é capaz de escutar o outro até «se colocar no lugar do outro, penetrar no sentido que para ele tem ser budista, muçulmano, hindu», explica. Chiara Lubich propõe às religiões uma estratégia de fraternidade para superar a brecha entre ricos e pobres e para dar uma profunda mudança às relações internacionais.