Os tribunais locais começam a apurar a verdade dos acontecimentos de 1994. Muitas pessoas perderam a vida e tentam apurar a verdade. Chefe da igreja católica no país é chamado a testemunhar em tribunal.
Os tribunais locais começam a apurar a verdade dos acontecimentos de 1994. Muitas pessoas perderam a vida e tentam apurar a verdade. Chefe da igreja católica no país é chamado a testemunhar em tribunal. O prelado da igreja católica do Ruanda vai testemunhar perante um tribunal local que está a julgar os suspeitos de participar no genocídio de 1994. O arcebispo Thaddee Ntihinyurwa foi chamado para ajudar com os inquéritos sobre as atrocidades cometidas na área sudoeste do país.
Os tribunais locais, chamados gacaca, começaram em Março o processo de identificação das vítimas e dos autores dos massacres. Uns 800 mil tutsis e hutus moderados foram mortos no genocídio de 1994.
O arcebispo Ntihinyurwa vai apresentar provas relativas à remota aldeia de Nyamasheke. Em 1994 ele era o bispo responsável pela zona.
Os juízes dos gacaca querem questionar o prelado sobre o que ele sabe quando às mortes cometidas nessa área. as autoridades do tribunal dizem que ele foi citado por outras testemunhas como alguém com informação relevante.
apesar do arcebispo não estar a ser julgado, a sua presença em tribunal é muito delicada para a igreja católica. Segundo a BBC é provável que se reabra o debate sobre o papel da igreja durante o genocídio. Os membros da igreja católica no Ruanda tinham ligações próximas aos políticos extremistas que levaram depois aos acontecimentos de 1994.
alguns padres foram mesmo acusados de prestar assistência às milícias hutu. Muitos outros fecharam os olhos ante o que estava a acontecer. O Vaticano aceita que alguns membros da igreja possam ter cometido crimes, mas diz que a igreja como instituição não pode ser culpada.