O presidente venezuelano e os líderes da igreja católica trocam acusações. O presidente considera os bispos uma força de oposição ao seu governo e à revolução.
O presidente venezuelano e os líderes da igreja católica trocam acusações. O presidente considera os bispos uma força de oposição ao seu governo e à revolução. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, acusou os bispos da igreja católica de oferecer oposição ao seu governo por ser de esquerda e de estar “fora de contacto com a realidade” por questionar a sua Política populista. Estas acusações foram feitas na passada quarta-feira, 13 de Julho.
Não é a primeira vez que o estadista entra em rota de colisão com a igreja católica. No passado acusou os bispos de estar do lado dos ricos e contra a sua revolução na Venezuela, que diz estar a usar o petróleo para ajudar os pobres.
Chávez, afirma ter denunciado a atitude dos bispos ao núncio apostólico Giacinto Berloco, que apresentou as suas credenciais como novo embaixador do Vaticano neste país predominantemente católico.
“Disse-lhe, monsenhor, sou um cristão católico, e tenho dificuldade para entender o comportamento da elite da igreja aqui na Venezuela”, disse Chávez já bastante zangado. ” a hierarquia católica nunca se cansa de atacar este governo, esta revolução”, disse em Caracas, numa cerimónia de entrega de contratos para casas.
é o mais forte ataque de Chávez contra os líderes locais da igreja católica desde que o Papa Bento XVI entrou em funções.
Um comunicado que os bispos emitiram na passada terça-feira despoletou esta reacção. Neste os bispos recebiam com entusiasmo a Política governamental contra a pobreza, mas expressavam o seu receio que esta iniciativa fosse corrompida por “clientelismo político e mau uso dos fundos”. “ainda podemos ouvir o clamor de tantas pessoas que são privadas dos direitos mais básicos como a comida, a saúde, a habitação, o trabalho e os serviços públicos”, disseram os bispos.
Também expressaram a sua preocupação pela detenção de opositores do governo por “vingança e para castigar os dissidentes”. ao mesmo tempo criticaram um “discurso quase de guerra e de militarização” na Venezuela, numa referência às iniciativas de Chávez para armar a nação contra o que ele descreve como um ataque dos Estados Unidos.