Os conflitos religiosos não são remotos, estão tão próximos como a Irlanda. a disputa entre católicos e protestantes, já é menos militarista, mas continua a incendiar os ânimos.
Os conflitos religiosos não são remotos, estão tão próximos como a Irlanda. a disputa entre católicos e protestantes, já é menos militarista, mas continua a incendiar os ânimos. Nacionalistas irlandeses realizaram um protesto em Belfast a 12 de Julho, antes das marchas protestantes em favor da Grã-bretanha, na atmosfera mais tensa dos últimos anos.
Com a “estação das marchas” protestantes a chegar ao seu ponto principal com a celebração dos 300 anos da vitória militar sobre os católicos, uns 60 residentes da área de ardoyne tomaram as ruas. Deram os braços e cantaram músicas de protesto e paz, enquanto a polícia com equipamento anti-motim avançava para separá-los e retirá-los um a um.
Carros blindados protegiam a rua onde a principal marcha protestante vai decorrer, apesar das objecções dos católicos a uma decisão que autorizou as marchas como parte das celebrações de 12 de Julho.
a “marcha laranja”marca a derrota do rei católico James II às mãos de William of Orange (laranja) na Batalha de Boyne a 12 de Julho 1690. Esta batalha marcou o domí­nio protestante.
Muitas marchas não encontram qualquer oposição, mas as que se aproximam a bairros católicos causam muito ressentimento agudizando as divisões entre a maioria protestante e a minoria católica.
apesar da violência que marcou três décadas de conflito sectário na Irlanda do Norte, este praticamente acabou com o cessar-fogo e o acordo de paz de 1998. Mas a estação das marchas continua a criar muita tensão.
Os ânimos estão exaltados este ano, depois de um ataque a uma casa católica em Belfast durante o fim-de-semana e com a crescente rivalidade entre as facções protestantes. Sinn Fein, o principal partido católico na província, criticou a decisão da Comissão das Marchas, instituí­da em 1997 para decidir fricções relacionadas com as marchas, por permitir a marcha na área católica de ardoyne.
” a Comissão das marchas criou uma situação extremamente perigosa em ardoyne”, disse o presidente de Sinn Fein, Gerry adams. ” a Orange Order foi recompensada por recusar o diálogo com os residentes locais e permitem-lhes marchar numa zona onde o único objectivo é ofender”.
adams disse aos jornalistas que teme violência. “Peço a todos que mantenham a calma”. Os participantes na marcha afirmam que essa é a única rota possível para regressar a casa. Por seu lado os residentes de ardoyne dizem que é uma demonstração anti-católica pensada para intimidá-los.