O maior e um dos mais pobres países de África pôs fim a 22 anos de guerra com a formação de um governo de união nacional que sentará juntos os inimigos de sempre.
O maior e um dos mais pobres países de África pôs fim a 22 anos de guerra com a formação de um governo de união nacional que sentará juntos os inimigos de sempre. O símbolo da nova era de reconciliação chegou quando John Garang, líder que encabeçou a revolta à frente do Movimento Popular para a Libertação do Sudão (MPLS), jurou como vice-presidente no novo governo de união nacional. O governo é encabeçado pelo presidente sudanês Omar Hasan al Bachir.
O até agora segundo no governo de al Bachir, ali Osman Taha, torna-se no segundo vice-presidente, em aplicação dos acordos de paz entre o MPLS e o governo assinado em Janeiro. O acordo prevê que este governo esteja em poder durante seis anos, depois desse tempo o sul do país celebrará um referendo de autodeterminação.
Segundo o acordo de paz, o partido de al Bachir mantém 52 porcento dos lugares no parlamento e no governo, o MPLS detém 28 porcento e os outros grupos, 20 porcento.
a cerimónia de reconciliação, que incluiu a assinatura de uma nova constituição provisional pelo presidente, contou com a presença do secretário geral das Nações Unidas e de 12 chefes de estado africanos, entre eles Thabo Mbeki da África do Sul e Mwai Kibaki do Quénia. Os dois foram trabalhadores incansáveis neste processo.
Tanto al Bachir, que falou em árabe, como John Garang, que falou em inglês, tomaram a palavra para descrever o acontecimento como “um acontecimento histórico e o amanhecer de um novo Sudão”.