Guerrilha angolana que defende a independência de Cabinda é agora o alvo de uma forte acção militar do governo. O caminho da negociação parece ser deixado de lado pelo governo.
Guerrilha angolana que defende a independência de Cabinda é agora o alvo de uma forte acção militar do governo. O caminho da negociação parece ser deixado de lado pelo governo. Grupos da sociedade civil da região de Cabinda, rica em petróleo, confirmaram um “grande ataque” em curso contra os rebeldes separatistas do interior da província. agostinho Chikaia, líder da associação civil de Mpalapanda disse à agência de noticias IRIN a 6 de Julho, que apesar dos confrontos entre as tropas governamentais e a Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) ainda não terem “atingido seriamente” a população civil, a insegurança nas áreas afectadas aumentou.
“até agora, ainda não há registro de mortes entre os civis, mas há muito segredo quanto ao que acontece no interior, sendo difícil afirmar a existência ou não de vítimas. De tempos a tempos aldeões vêm à cidade de Cabinda e queixam-se de que não podem seguir com a sua vida normal pois temem pelas suas vidas”, disse Chikaia.
Desde Junho a província assiste a um aumento da presença de tropas governamentais: “Basta viajar alguns quilómetros para encontrar um retém militar”, afirma.
O padre Raul Tati, líder clerical e activista dos direitos na província, disse a um jornal de Luanda esta semana que a ofensiva militar tem como objectivo a eliminação do grupo guerrilheiro.
a FLEC mantém uma guerra de baixa intensidade contra o governo central desde a independência do país em 1975. Defendem que o enclave de Cabinda tem a sua própria identidade, história e cultura, exigindo um referendo sobre a questão. Tentativas para trazer as duas partes à mesa de negociações falharam até agora.