O relatório “República Democrática do Congo: armando o este” da amnistia Internacional denúncia a quebra do embargo da ONU por vários países, entre eles a Grã-bretanha e os Estados Unidos.
O relatório “República Democrática do Congo: armando o este” da amnistia Internacional denúncia a quebra do embargo da ONU por vários países, entre eles a Grã-bretanha e os Estados Unidos. Grande quantidade de armas e munições dos Balcãs e da Europa de leste estão a chegar à conflituosa região africana dos Grandes Lagos, apesar de estar comprovado o seu uso em violações dos direitos humanos, de acordo com a amnistia Internacional (aI). as armas continuam a chegar, mesmo depois de assinado o tratado de paz em 2002 e do embargo decretado pelas Nações Unidas (ONU).
Num estudo pormenorizado, a aI revelou o papel dos negociantes de armas e transportadores de vários países. Incluindo a albânia, a Bósnia, a Croácia, a República Checa, Israel, Rússia, Sérvia, África do Sul, Grã-bretanha e Estados Unidos. O estudo demonstra o fornecimento de armas ao Congo, ao Ruanda e ao Uganda e a sua distribuição a grupos armados e à Milícia no Congo. Estes grupos estão envolvidos em crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
“Milhões de pessoas perderam a vida durante os sete anos de conflito da República Democrática do Congo. Homens armados continuam a violar, a roubar e a matar civis ” as entregas de armas continuam. Se a comunidade internacional, a ONU e os estados vizinhos não impedirem a proliferação de armas, o frágil processo de paz entrará em colapso, com consequências desastrosas para os direitos humanos”, disse Kolawole Olaniyan, director do programa para a África da aI.