Um ambicioso programa de desarmamento e reintegração avança na República Centro-africana.começou em Dezembro 2004 e pretende reintegrar mais de sete mil antigos combatentes.
Um ambicioso programa de desarmamento e reintegração avança na República Centro-africana.começou em Dezembro 2004 e pretende reintegrar mais de sete mil antigos combatentes. No sábado, dia 18 de Junho, teve início a semana de desarmamento dos dois mil antigos combatentes, a decorrer em oito distritos da capital do país, Bangui.
O processo de desmobilização, desarmamento e reintegração, para um total de 7. 565 combatentes, vai estender-se às outras províncias do país durante esta semana, segundo fontes oficiais.
“Não sou um soldado profissional, associei-me à revolta de Bozize porque queria liberdade para o meu país, está feito, agora tenho que devolver a minha arma” disse Jerome Derant-Bozoumna, de 40 anos, que serviu como um “libertador”.
Os “libertadores” eram soldados não profissionais que se juntaram à revolta liderada por Bozize de Outubro 2002 a Março 2003. Esta terminou com a chegada à presidência de Bozize.
O programa, lançado em Dezembro 2004, tem quatro fases: desarmamento dos antigos combatentes e pessoas vistas como uma ameaça à paz e segurança; a desmobilização e reintegração dos antigos combatentes nas suas comunidades; reforço da capacidade das comunidades para aceitar antigos combatentes e facilitar a sua reintegração; e, finalmente, fomentar a segurança e promover o desenvolvimento.
Como parte do programa procede-se à reconstrução das infra-estruturas de apoio como escolas e facilidades médicas. Cada antigo combatente recebe um “kit” constituído por utensí­lios de cozinha, sabão e preservativos.
Todos os antigos combatentes desarmados recebem certificados e assinam declarações em como renunciam a toda a forma de violência, ao mesmo tempo que prometem cumprir a lei.