O agravamento da guerra no país, a falta de perspetivas nas negociações diplomáticas e os cortes na ajuda internacional estão a deixar a população Síria com poucas esperanças na resolução do conflito. às portas de mais um inverno rigoroso, quatro milhões de pessoas continuam em situação precária

O agravamento da guerra no país, a falta de perspetivas nas negociações diplomáticas e os cortes na ajuda internacional estão a deixar a população Síria com poucas esperanças na resolução do conflito. às portas de mais um inverno rigoroso, quatro milhões de pessoas continuam em situação precária
a falta de vontade do presidente sírio em negociar com a comunidade internacional, manifestada ao enviado especial das Nações Unidas, ameaça agravar a situação humanitária no país, onde a maioria da população parece já ter perdido a esperança numa rápida resolução do conflito. a ONU teve que cortar o envio de alimentos a 1,5 milhão de sírios por falta de fundos, e John Ging, um alto funcionário da organização, disse que a comunidade na Síria está em dificuldades. Com quatro milhões de sírios em situação precária e mais de 500 mil refugiados registados no exterior é cada vez mais difícil fazer as coisas mais elementares para ajudar a população a sobreviver, admitiu Ging, acrescentando que as pessoas estão a perder a esperança porque só veem mais violência no horizonte, apenas preveem mais deterioração.com um saldo de vítimas mortais que supera as 44 mil, segundo os ativistas, e outro duro inverno que se aproxima, as esperanças de uma solução diplomática do conflito são virtualmente inexistentes. Não vemos nenhuma perspetiva do fim da violência ou do começo de um diálogo político efetivo, afirmou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, antes do enviado especial da organização viajar para Damasco. as previsões confirmaram-se. O presidente sírio, Bashar al-assad, terá posto o emissário contra a parede novamente, o Conselho de Segurança da ONU não está nem sequer próximo de mostrar ao enviado o apoio que necessita e os rebeldes não estão abertos a um compromisso, revelou um diplomata do organismo executivo das Nações Unidas.