«O Messias, que vai chegar, tem na mão a pá de joeirar, para limpar a sua eira, recolher o trigo no seu celeiro, e queimar a palha num fogo que não se extinguirá». (Lucas 3, 16-17)
«O Messias, que vai chegar, tem na mão a pá de joeirar, para limpar a sua eira, recolher o trigo no seu celeiro, e queimar a palha num fogo que não se extinguirá». (Lucas 3, 16-17)Muitas vezes é no caos de cataclismos na nossa vida pessoal, social e coletiva que de repente nasce a esperança. Um pouco como a semente que geme ao morrer na escuridão do âmago da terra, e que depois, de repente, rejubila no seu íntimo quando explode o gérmen do crescimento e da produção que vai dar vida e alegria ao homem. De igual modo, é na tempestade da dor e do não perceber porquê’ que às vezes se dissipam as nuvens e nos abraça o arco-íris. Começa assim o Evangelho de São Lucas deste domingo: No décimo quinto ano do reinado do imperador Tibério. Tibério era o imperador romano. Um imperador paranoico, perverso, eliminador daqueles de quem ele desconfiava, e contra quem o povo de Roma gritava: Para o Rio Tibre com o corpo de Tibério!. Foi no reinado de Tibério que apareceu o último profeta do antigo Testamento e o primeiro do Novo, João Batista, que proclamava ao povo de Israel uma Boa Nova: Está a chegar aquele que vai batizar-vos no Espírito Santo e no fogo; ele tem a pá na mão para limpar a sua eira e recolher o trigo no seu celeiro E toda a criatura verá a salvação de Deus! Que expectativa jubilosa a da jovem Virgem Maria de Nazaré durante as últimas semanas antes de dar à luz o Salvador do mundo! Quem poderia jamais calcular o número de vezes que por dia ela pensava naquele filhinho que nos ia dar, o Unigénito de Deus Encarnado! Temos duas semanas para abrirmos os nossos braços e o nosso coração para dela recebermos extasiados o Salvador da humanidade, amigo íntimo de todos os que O aceitam como Redentor. Vai chegar o Natal àquele nosso espírito que anima todas as células do nosso corpo, o momento mais doce e mais criancinha’ da história da nossa vida, e da história da humanidade. Crises, dúvidas, inquietações, perturbações, deixai-nos saborear a esperança que não esmorece! Braços da nossa boa vontade bem abertos, demos as boas-vindas à Beleza encarnada do Deus-amor. advento. Só quem não estremece de emoção ao ver uma mãe que contempla a sua criancinha nos seus braços é que não se encanta com a obra-prima que é o Natal. Pois grite o nosso coração: Vinde, Senhor Jesus! Obrigados/as, Mãe do Belo amor, pelo Dom mais encantador e transformador de toda a História.