Os países mais ricos tomaram a decisão histórica de perdoar a dívida externa de 18 países. é um grande passo na luta contra a pobreza, mas ainda há muito a fazer.
Os países mais ricos tomaram a decisão histórica de perdoar a dívida externa de 18 países. é um grande passo na luta contra a pobreza, mas ainda há muito a fazer. activistas pelo perdão da dívida celebraram o perdão da dívida externa de alguns dos países mais pobres do mundo. O acordo a que chegou o grupo dos oito países mais ricos (G8) no sábado perdoou a dívida externa de 18 países, num valor de 40 mil milhões de dólares. Outros nove países podem qualificar-se para beneficiar do perdão durante os próximos 18 meses.
a agência de solidariedade britânica, Oxfam, recebeu com alegria a notícia, mas adverte que ainda há muito a fazer. “é um passo positivo mas o perdão da dívida é apenas uma parte do que tem de ser feito. apelamos aos líderes do G8 para aumentar a ajuda a esses países, de outro modo alguns nunca vão poder sair da pobreza crónica”, afirmou Harriet Binet, porta-voz da Oxfam.
Um maior esforço deve ser feito para desmantelar as barreiras ao comércio internacional, que criam desvantagens à produção nos países subdesenvolvidos. Eles não têm acesso aos subsí­dios de que usufruem muitas actividades nos países mais ricos.
“Para os países mais pobres seria melhor negociar e trabalhar a sua saída da pobreza que ter de esperar ajudas. é por isso que é critico resolver as injustiças no comércio”, disse Binet.
alguns especialistas na dívida externa defendem que o perdão da dívida só poder dar resultados se os governos africanos aumentarem a sua disciplina fiscal. “O maior desafio agora é criar sistemas responsáveis, transparentes e abertos ao escrutí­nio público. Os líderes africanos têm que assegurar o acesso a informação pormenorizada por parte da sociedade civil, de maneira a monitorar o gasto dos fundos”, disse Jack Jones Zulu, um analista de políticas económicas.