Centro de Deficientes Profundos João Paulo II, em Fátima, quer reactivar antiga liga de amigos da instituição.
Centro de Deficientes Profundos João Paulo II, em Fátima, quer reactivar antiga liga de amigos da instituição.

O Centro de Deficientes Profundos João Paulo II vai unir esforços para reactivar a antiga liga de amigos daquela instituição, actualmente com 192 utentes. “achei interessante reactivar a liga, que está moribunda há mais de 14 anos”, confessa Manuel Calém, administrador do Centro de Deficientes Profundos João Paulo II. “as pessoas não deixaram de ajudar a instituição”, sublinha, acrescentando, no entanto, que queria uma “coisa mais activa”, já que “agora a tradição é mandar o chequezinho”.

“Quem sabe criar um grupo de voluntários?”, deixa em aberto, para depois falar sobre o jantar de solidariedade que os funcionários da instituição organizaram recentemente, com vista à angariação de fundos destinados à compra de cadeiras de rodas.

“antes da liga, quero primeiro prestar contas às pessoas que participaram na organização do jantar”, refere o actual responsável do centro. Segundo diz, “é importante apresentarmos contas”, porque “muitas vezes as pessoas contribuem e depois nem sabem se o dinheiro foi de facto aplicado”.

Manuel Calém calcula que as verbas do jantar dêem para adquirir três cadeiras, o que na sua opinião é “muito bom”. ” a participação excedeu um bocadinho as minhas expectativas, não contava que estivessem 500 pessoas na sala”, confessa, para depois acrescentar que “para nós é gratificante, acho que foi bonito ver as pessoas unirem-se por um objectivo que afinal é de nós todos”.

“Houve uma pessoa amiga que soube pela TVI que estávamos a precisar de cadeiras. Telefonou-me e disse-me para contar com mais uma cadeira”, acrescenta o responsável, que acredita que “ainda há-de aparecer mais, porque as pessoas reconhecem que este centro trabalha em prol de uma boa causa”.

De acordo com as palavras do administrador, o objectivo da instituição para os próximos anos passa pela aquisição de equipamento. “Inaugurámos a escola o ano passado, agora temos que respirar um bocadinho e procurar sensibilizar as pessoas para ver se daqui a mais dois anos nos balançamos para outra boa obra. Eu creio que agora a aposta vai ser em equipamento”, adianta.