Mesmo que aumente a despesa pública, o governo português não pode cortar demasiado nas prestações sociais e nos apoios às famílias, de forma a suavizar o impacto da recessão económica, aconselha a OCDE
Mesmo que aumente a despesa pública, o governo português não pode cortar demasiado nas prestações sociais e nos apoios às famílias, de forma a suavizar o impacto da recessão económica, aconselha a OCDE a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) está preocupada com o impacto da austeridade na economia portuguesa e aconselha o governo a não cortar demasiado nas prestações sociais, mesmo que isso provoque um aumento na despesa pública. a mensagem é que não se corte demasiado ao nível das prestações e transferências sociais para as famílias, de forma a suavizar o impacto da envolvente macroeconómica que é negativa neste momento, mesmo que isso acarrete um peso acrescido sobre o orçamento pelo lado da despesa, afirmou à agência Lusa João Tovar Jalles, economista na OCDE responsável por Portugal. Segundo o especialista, o esforço de contenção que Portugal está a desenvolver no âmbito da atual crise e do programa de ajustamento acordado com o Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu deve ser calculado para que não se penalize e corte demasiado nestas prestações. Caso contrário, a economia nacional pode entrar numa espiral recessiva, agravando o estado económico, financeiro e orçamental do país.