as medidas legislativas para protegerem as mulheres da violência, no afeganistão, continuam a revelar-se insuficientes. Há ainda muitos casos de terrí­veis maus-tratos e de impedimentos no acesso à justiça
as medidas legislativas para protegerem as mulheres da violência, no afeganistão, continuam a revelar-se insuficientes. Há ainda muitos casos de terrí­veis maus-tratos e de impedimentos no acesso à justiça Um relatório das Nações Unidas, divulgado esta terça-feira, 11 de dezembro, denuncia a existência de demasiados casos de violência sobre as mulheres no afeganistão, apesar dos progressos alcançados nos últimos tempos com a criação de novas leis para as proteger. O documento, publicado um dia depois de uma funcionária do governo para questões femininas ter sido assassinada, abre com o caso da morte de uma jovem de 15 anos, que se suicidou depois de ter sido agredida pelo marido e pelo sogro. Quando a adolescente tentou apresentar queixa às autoridades policiais, foi informada que devia desistir da acusação ou seria detida. Segundo o relatório da ONU, muitas mulheres continuam a viver uma situação desesperada no país islâmico e patriarcal, devastado pela guerra. Entre abril e outubro de 2012, a Comissão Independente de Direitos Humanos do afeganistão registou 4. 010 casos de violência contra mulheres, quase o dobro dos verificados nos 12 meses anteriores.