O único dos cincos conventos franciscanos que ainda subsiste na Madeira está a ser recuperado pela autarquia. as obras custam 1,9 milhões de euros e devem estar concluí­das a tempo das comemorações dos 500 anos da diocese do Funchal
O único dos cincos conventos franciscanos que ainda subsiste na Madeira está a ser recuperado pela autarquia. as obras custam 1,9 milhões de euros e devem estar concluí­das a tempo das comemorações dos 500 anos da diocese do Funchal a autarquia de Câmara de Lobos está a recuperar o Convento de São Bernardino, o único dos cinco conventos franciscanos que subsiste na Madeira e que ameaçava ruir. Felizmente, conseguimos, mesmo nesta situação de constrangimento e de crise, que se conseguisse integrar a recuperação do convento no atual quadro comunitário, explicou o presidente do município, arlindo Gomes, à agência Lusa. O monumento, o primeiro a ser construído fora da capital madeirense, foi, durante séculos, o principal local de peregrinação da ilha, por aí ter vivido e morrido frei Pedro da Guarda. Em 1905, por ocasião do quarto centenário da morte do religioso, a autarquia de Câmara de Lobos solicitou ao Vaticano o culto público e oficial do Santo Servo de Deus, proibido, cerca de um século antes, na sequência da extinção das ordens religiosas. a intervenção, que deverá estar concluída em 2014, data das comemorações dos 500 anos da diocese do Funchal, prevê a recuperação da igreja principal e respetivos anexos, incluindo a capela de Santo antónio, e a criação de um núcleo museológico dedicado a frei Pedro da Guarda e à religiosa Mary Jane Wilson, fundadora das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias, que também faleceu no local, para onde foi viver para ser formadora de candidatos a sacerdotes. O projeto, cujo investimento ronda 1,9 milhões de euros, tem financiamento de 85 por cento do programa europeu Intervir +, sendo que o restante valor deverá ser repartido entre autarquia, diocese – proprietária do espaço – e franciscanos que vão fixar residência, de novo, no local, cuja origem remonta ao século XV, primeiro como oratório. arlindo Gomes espera que o restauro possa servir também para potenciar o turismo religioso na Madeira.