Bispos de Cabo Verde, Guiné-Bissau, Mauritânia e Senegal estiveram reunidos para analisar as relações entre cristãos e muçulmanos. E concluí­ram que o sucesso deste diálogo passa pela criação de lideranças fortes
Bispos de Cabo Verde, Guiné-Bissau, Mauritânia e Senegal estiveram reunidos para analisar as relações entre cristãos e muçulmanos. E concluí­ram que o sucesso deste diálogo passa pela criação de lideranças fortes Os progressos efetuados nas relações entre cristãos e muçulmanos estiveram em foco na 13a assembleia geral da Conferência Episcopal Interterritorial, que juntou 12 bispos – de Cabo Verde, Guiné-Bissau, Mauritânia e Senegal – na Ilha de Santiago (Cabo Verde), durante sete dias. No final do encontro, que terminou domingo, 2 de dezembro, o bispo anfitrião, arlindo Furtado, alertou para a importância de assegurar lideranças fortes para prevenir o surgimento de grupos islâmicos radicais que ninguém conseguirá controlar. Tony Neves, provincial dos Missionários Espiritanos, acompanhou a assembleia e relatou à agência Ecclesia alguns dos exemplos mais positivos nas relações entre as duas crenças religiosas, abordados pelos bispos. Um chega do Senegal, que tem uma percentagem grande de cristãos e um islamismo muito dialogante e o outro da Guiné-Bissau, muito pobre, instável politicamente, mas com ótimas relações entre cristãos e muçulmanos. Na conferência de imprensa conclusiva, o cardeal senegalês Théodore-adrien Sarr, arcebispo de Dakar, definiu ainda a humildade e a vontade de crescer com a experiência de fé dos outros crentes como condições essenciais a uma relação salutar entre Islão e Igreja Católica. Os prelados aproveitaram também para avaliar as vocações religiosas nos seus países, tendo verificado que a Mauritânia é a nação que levanta maiores preocupações neste momento.