O número de casais em que ambos os cônjuges estão desempregados continua a subir, segundo números agora divulgados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional. Em outubro passado havia 10. 495 nessa situação
O número de casais em que ambos os cônjuges estão desempregados continua a subir, segundo números agora divulgados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional. Em outubro passado havia 10. 495 nessa situaçãoSegundo informação divulgada na última quarta-feira pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), mantém-se o aumento constante do número de casais com ambos os cônjuges desempregados. Este universo de desempregados está abrangido pela medida que permite a majoração do subsídio de desemprego (10 por cento para cada membro do casal) quando ambos os cônjuges recebem subsídio e têm filhos a seu cargo. Embora seja muito pouco, constitui uma pequena ajuda que poderá minorar as necessidades de quem precisa. No final de outubro, estavam registados nos centros de emprego 660. 780 desempregados, dos quais 48,9 por cento eram casados ou viviam em situação de união de facto, perfazendo um total de 322. 903.começam a ser números deveras assustadores. No universo de aproximadamente 16 por cento – que é a última percentagem estimada pelos analistas – de pessoas desempregadas este número pode parecer limitado, mas não é bem assim. Estamos a falar de casais, uns com filhos, outros não, mas que representam um agregado coletivo e como tal arrastam sempre problemas graves que podem por em perigo a sua própria sobrevivência. Temos que ter em conta que a maior parte destas pessoas se vê na obrigação de continuar a suportar os encargos que tinha antes de ficar desempregada, encontrando-se agora em situações críticas de incumprimento. Há necessidade premente que as entidades estatais e de solidariedade social comecem a olhar para estas pessoas, uma boa parte proveniente da classe média e que agora bateram no fundo. O desemprego é um flagelo com tendência para aumentar e assim a pressão sobre a sociedade será cada vez maior, tendo em conta que as respostas para repor a economia em andamento parecem não ser prioritárias para os governantes, lamentavelmente. a prova disso foram as declarações recentes do primeiro-ministro em relação ao Orçamento de Estado para 2013. Primeiro, espreme-se o cidadão com taxas e impostos até ele não poder mais e só depois se corta no Estado/Parcerias Público Privadas/Institutos e outros. a gestão do atual Governo continua a pautar-se pelo lado da receita, ou seja através dos impostos aplicados aos cidadãos, deixando para mais tarde o corte na despesa – despesas do Estado e afins. É um caminho sinuoso e que apenas poderá conduzir ao depauperamento das famílias e cidadãos. Solidariedade será, possivelmente, a palavra que mais ouvimos da boca de muita gente, mesmo dos governantes que tutelam a área social. Penso que nunca se falou tanto em solidariedade, mas como ela soa a oco quando pronunciada por pessoas que apenas a utilizam para escamotear responsabilidades. Há mil e uma formas de ajudar aqueles que nos rodeiam, mas quantas vezes não conseguimos ver aquilo que está mesmo à nossa frente! Cabe a cada um de nós dar o exemplo, repartindo com quem menos tem, mesmo o pouco de que ainda usufruímos. ao nosso lado está sempre alguém que precisa mais que nós. Há muita gente com vergonha de pedir, teremos que ser nós a procurá-los. Não seria isso que Cristo faria?