População do Sudão sofre as consequências de uma guerra que dura há muito tempo. Bispo percorreu vários países a pedir auxí­lio para as comunidades dos Montes Nuba
População do Sudão sofre as consequências de uma guerra que dura há muito tempo. Bispo percorreu vários países a pedir auxí­lio para as comunidades dos Montes Nuba

Macram Max Gassis,bispo de El Obeid, Sudão,terminou recentemente uma viagem a vários países, onde deu a conhecer a situação problemática em que vivem as populações dos Montes Nuba,uma região do país africano onde trabalha. O prelado esteve em Irlanda, Londres, Bruxelas, Paris, Berlim, Washington, Nova Iorque, Oslo, Luxemburgo e Genebra. a todos pedi que a comunidade internacional imponha ao regime de Cartum [capital do Sudão] que acabe com os bombardeamentos contra civis, e permita abrir corredores humanitários aéreos e terrestres para levar alimento e medicamentos às populações provadas, explicou, citado pela agência Fides. Nos Montes Nuba, uma região do Sudão, prolonga-se no tempo uma guerra entre o governo de Cartum e o Exército de Libertação do Povo Norte-Sudanês. Os bombardeamentos são diários e o que me entristece mais é que até mesmo a Igreja em todo o mundo parece ter-nos esquecido, disse Macram Max Gassis. De acordo com o prelado, só no mês de novembro, a aviação de Cartum lançou 330 bombas que provocaram 36 mortos, na maioria mulheres e crianças, e 22 feridos. Em apenas um mês foram destruídas 30 casas e 92 campos de cultivo.

Nenhuma organização humanitária está presente nos Montes Nuba, informa Macram Max Gassis. Para as populações locais, a Igreja é a única presença de esperança. Um alento que se traduz através do trabalho das religiosas e de quatro médicos e cirurgiões: dois americanos, um alemão e um inglês. a única estrutura médica na região é o hospital fundado por mim, indicou o prelado. O serviço existente que trata os doentes tem capacidade para 80 pessoas, mas neste momento está a acolher 500 doentes. Não podemos construir um novo departamento porque tivemos que repatriar os trabalhadores quenianos e não temos cimento, lamentou o bispo.