Terá lugar, a 11 de Junho em Boa Vista, capital de Roraima, a assembleia-geral do Fórum Popular em Defesa das Cidades, durante a qual será aprovado o estatuto do Fórum, que será permanente.
Terá lugar, a 11 de Junho em Boa Vista, capital de Roraima, a assembleia-geral do Fórum Popular em Defesa das Cidades, durante a qual será aprovado o estatuto do Fórum, que será permanente. é uma das resoluções tomadas durante a sessão ocorrida a 24 de Maio, que reuniu representantes de 78 entidades que compõem o Fórum Popular das Cidades, entre movimentos sociais, associações, comités e sindicatos urbanos, rurais. Durante o encontro foi construí­da a agenda da Reforma Urbana, a ser executada no estado de Roraima, procedimento que ocorrerá em todas as cidades brasileiras. a execução destas acções dar-se-á através da participação plena das entidades populares no processo das conferências municipais e estadual das cidades, na discussão e elaboração do Plano Director ” sobretudo de Boa Vista ” e na construção de políticas públicas urbanas e rurais para os Municípios e estado, através dos Conselhos da Cidade.
O engenheiro Edno Brito, membro da coordenação do Fórum Popular e do Grupo Rede Cidades explica que o processo de urbanização brasileira desencadeou um crescimento vertiginoso da população, atingindo a marca de 138,5 milhões de pessoas em 40 anos, segundo dados do Ministério das Cidades, ocorrendo um aumento populacional de 3,5 milhões de pessoas por ano: “Esse crescimento foi desordenado e acarretou o surgimento de 5. 561 Municípios, tendo como marca registrada a diversidade e a disparidade entre eles. Disparidade na configuração espacial e densidade populacional, nos ritmos de desenvolvimento, no padrão de urbanização e consequentemente na qualidade de vida e acesso dos seus habitantes aos serviços públicos. ”
Estes 40 anos de explosão demográfica deixaram características marcantes na urbanização das cidades brasileiras, principalmente na reprodução das injustiças e desigualdades sociais, explica o engenheiro. “as áreas centrais, geralmente são áreas legalizadas, ricas, com infra-estrutura, equipamentos, acesso ao trabalho, lazer e cultura. as periferias são ilegais, pobres, seus moradores vivem em situação precária, e a ação do poder público, prioriza as áreas centrais, tanto no planeamento quanto nos investimentos. Redemocratizar as cidades através de uma reforma urbana e rural, centrada no Direito de todos à Cidade, na Gestão Democrática e no exercício da função social da propriedade, marcará um novo tempo. afinal, as cidades que queremos só serão possí­veis com a participação de toda a sociedade”.