Domingo vão realizar-se cinco ordenações diaconais em Lisboa. Entre os futuros sacerdotes o mais novo é Paulo Pires, com 26 anos, o mais velho é Diogo Correia que tem 42. Todos têm um percurso de vida diferente que se vai cruzar este fim de semana
Domingo vão realizar-se cinco ordenações diaconais em Lisboa. Entre os futuros sacerdotes o mais novo é Paulo Pires, com 26 anos, o mais velho é Diogo Correia que tem 42. Todos têm um percurso de vida diferente que se vai cruzar este fim de semanaPaulo Pires, Bartolomeu Mota, Thomaz Fernandez, Paolo Ciampoli e Diogo Correia têm algo em comum: todos vão ser ordenados diáconos, no próximo domingo, 2 de dezembro, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa. Os futuros padres são provenientes dos seminários dos Olivais e Redemptoris Mater doCaminho Neo-Catecumenal. O mais novo dos cinco éPaulo Pires, que tem 26 anos e é oriundo da paróquia de São Brás, no concelho da amadora. Em jeito de análise ao seu percurso de vida, o jovem licenciado disse em declarações ao jornal Voz da Verdade que foi muito difícil fazer o último ano do curso. Sentia que Nosso Senhor me chamava a uma realidade e eu estava noutra, explicou. Concluída a sua formação, Paulo Pires conheceu o seminário de São José de Caparide que o colocou em contacto com uma nova realidade. Vi que os seminaristas que lá estavam eram pessoas especiais, mas não eram pessoais anormais, referiu. Depois desta experiência entrou no seminário.
Bartolomeu Mota, 30 anos, é o mais novo de oito irmãos. Tem duas irmãs monjas, num mosteiro em França e em Portugal. Membro de uma família numerosa, é da paróquia de Caxias. Estudava economia na Universidade Nova em Lisboa, quando participou num retiro do Caminho Neo-Catecumenal. aí foi feita a proposta do pré-seminário aos jovens, e eu com uma atitude de voluntarismo, fui!, conta. Mais tarde, tornaram a fazer-lhe mais uma proposta. Perguntaram-lhe se queria entrar no seminário. Bartolomeu voltou a dar uma resposta afirmativa.
Natural dos Estados Unidos da américa (EUa), foi em Portugal queThomaz Fernandez, de 31 anos,cursouengenharia civil. Da época de estudante,guarda na memória a experiência de uma confissão. Senti um alívio muito grande, explicou. a partir desse momento começou a rezar todos os dias um bocadinho. O despertar da vocação aconteceu ainda na universidade numa altura em que pensava que ser padre era a última coisa que queria ser. Depois de uma experiência de trabalho e de uma formação teológica, Thomaz está atualmenteno seminário dos Olivais afazer a sua formação pastoral.
Paolo Ciampoli é natural de Ortona, em Itália. Tem 32 anos e chegou à ordenação diaconal depois de um percurso de vida que o trouxe até Portugal. Na altura em que ingressou no primeiro ano da universidade em Roma, para estudar engenharia do ambiente, sentiu-se perdido. No final desse ano letivo desistiu do curso, regressou a casa, efoinessa época convidado a frequentar as catequeses do Caminho Neo-Catecumenal. Paolo, lutou contra Deus porque sentia o desejo de constituir família mas Deus foi mais forte, admitiu. Num encontro internacional em Roma, manifestou a sua disponibilidade para ir para qualquer parte do mundo e foi enviado para Portugal. Hoje, acredita que o projeto que poderia ter para a sua vida era uma coisa muito mesquinha que se limitava aos muros da sua terra. O italiano considera que Deus o levou ao deserto para que pudesse descobrir o que havia no [seu] coração.
Diogo Correia é o mais velho do grupo. Tem 42 anos e é da paróquia de alenquer. Formado em história da arte, especializou-se na área do património histórico e admite ter tido a graça de trabalhar sempre na área em que tinha estudado. Trabalhou em várias empresas onde as tarefas diárias o entusiasmavam e realizavam, contundo não estava completamente satisfeito. À medida que ia caminhando fui percebendo que faltava algo e que o meu coração continuava inquieto, explicou o atual aluno do seminário dos Olivais.