a melhor forma de acolher os migrantes era ter nas paróquias equipas multiculturais de padres, em vez de forçar a inclusão dos estrangeiros ignorando as suas raízes, considera o diretor da Obra Católica Portuguesa de Migrações
a melhor forma de acolher os migrantes era ter nas paróquias equipas multiculturais de padres, em vez de forçar a inclusão dos estrangeiros ignorando as suas raízes, considera o diretor da Obra Católica Portuguesa de Migrações ao contrário do que alguns responsáveis eclesiais europeus preconizam, o diretor da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM), Francisco Sales Diniz, defende que em vez de se procurar forçar a integração plena dos migrantes nas paróquias sem atenção às suas raízes, deviam ser criadas equipas multiculturais de padres, que pudessem celebrar em diversas línguas. É impossível acolher as pessoas esquecendo a sua língua, cultura, tradições litúrgicas e devoções. Tem de pensar-se em paróquias multiculturais, com uma equipa de sacerdotes que abarque as diversas realidades migratórias, como já existe nos EUa, onde as celebrações e as catequeses se realizam em diversas línguas, afirmou o sacerdote, em declarações à agência Ecclesia. Sales Diniz, que participou esta semana num encontro europeu sobre a problemática das migrações, em Roma, Itália, recordou que já foi tentada a integração à força nas comunidades de emigrantes portugueses em França e noutros países, mas essa orientação resultou no afastamento das pessoas. E sublinhou que quem acaba por se aproveitar desta falha no acompanhamento pastoral são as seitas, que esperam pelos momentos de maior fragilidade para atraírem mais fiéis. a reunião tinha como objectivo a definição de linhas de ação comuns para receber os estrangeiros mas não foi alcançado um consenso, apontou o sacerdote, criticando a preponderância académica das intervenções, em detrimento da troca de informações e experiências. Para breve está a ser pensado um encontro ibérico ao nível das organizações da Igreja ligadas às migrações.