O presidente da Cáritas Portuguesa ficou perplexo com as declarações do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, quando anunciou na entrevista à TVI que são inevitáveis mais cortes nas prestações sociais
O presidente da Cáritas Portuguesa ficou perplexo com as declarações do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, quando anunciou na entrevista à TVI que são inevitáveis mais cortes nas prestações sociais Confesso que já não tenho mais argumentos, já não sei o que dizer mais, porque, até aqui, quis admitir que houvesse uma preocupação excessiva pelo combate ao défice, mas parece-me que, incidindo em áreas tão sensíveis, como são estas que o senhor primeiro-ministro ponderou como hipótese de atingir ainda mais os mais vulneráveis, não sei como argumentar. Parece-me que já é falta de sensibilidade efetiva, afirmou Eugénio da Fonseca, em declarações à Rádio Renascença. O presidente da Cáritas Portuguesa considera que o governo revela falta de sensibilidade perante as dificuldades que o país atravessa, ao admitir cortar nas despesas sociais. Quarta-feira à noite, 28 de novembro, Pedro Passos Coelho disse em entrevista à TVI que 70 por cento da despesa do Estado é com pessoal e com prestações sociais. E que não é possível ao governo manter o mesmo volume de encargos nestas duas rubricas orçamentais.