Federação Internacional da Cruz Vermelha precisa de 1,1 milhões de euros, com urgência, para combater a fome em angola, que afeta já cerca de 10 por cento da população
Federação Internacional da Cruz Vermelha precisa de 1,1 milhões de euros, com urgência, para combater a fome em angola, que afeta já cerca de 10 por cento da população a grave crise alimentar que se faz sentir em angola, e que está a pôr em perigo a vida de mais de 20 mil crianças, levou a Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICV) a lançar um apelo de emergência, para angariar 1,5 milhões de dólares (cerca de 1,1 milhões de euros), que permitam a distribuição de alimentos a 60 mil pessoas nas províncias de Kwanza Sul, Bié e Huambo. a atual situação, provocada pela seca e pela consequente diminuição da produção agrícola, afeta já 10 por cento da população angolana. Uma avaliação feita pelo Ministério da Saúde, em parceria com as Nações Unidas, concluiu que a malnutrição infantil aguda atinge perto de meio milhão de crianças, estando mais de 20 em perigo de vida. Em comunicado, a FICV lamenta o facto do governo angolano não ter declarado ainda o estado de emergência, nem feito qualquer apelo às instâncias internacionais, o que dificulta o trabalho das organizações humanitárias na angariação de fundos. Em abril, o executivo de José Eduardo dos Santos aprovou um plano de emergência de 43 milhões de dólares (33,1 milhões de euros) para 10 das províncias mais afetadas pela seca, mas até agora desconhecem-se os detalhes da aplicação da medida. apesar de registar um dos mais rápidos índices de crescimento do mundo, angola continua a apresentar níveis de desenvolvimento humano muito deficientes. Mais de 70 por cento da população rural vive abaixo do limiar da pobreza e o país regista uma das mais altas taxas de mortalidade infantil. Segundo a Maka angola, uma organização de luta contra a corrupção, a atual presidente da Cruz Vermelha angolana é Isabel dos Santos, filha do Presidente da República, que é considerada uma das mulheres mais ricas de África. No entanto, não lhe são conhecidas grandes ações de angariação de fundos a favor da instituição a que preside, denuncia a plataforma de defesa de direitos humanos.