Meninas recrutadas como empregadas domésticas trabalham 12 horas por dia, para receberem uma compensação irrisória. Muitas são insultadas, agredidas e proibidas pelos patrões de irem à escola ou fazerem uma alimentação adequada
Meninas recrutadas como empregadas domésticas trabalham 12 horas por dia, para receberem uma compensação irrisória. Muitas são insultadas, agredidas e proibidas pelos patrões de irem à escola ou fazerem uma alimentação adequada algumas têm apenas oito anos, mas já são obrigadas a cumprir 12 horas de trabalho como empregadas domésticas, em Marrocos. Muitas sofrem maus-tratos físicos e verbais dos patrões, e não tem direito a ir à escola ou a alimentar-se de forma adequada. ao fim do mês, levam para casa uma média de 12 dólares (cerca de nove euros) por mês. O retrato desta desconcertante realidade é feito pela organização de defesa de direitos humanos Human Rights Watch (HRW). Segundo a organização, citada pela agência Fides, na última década, o governo de Marrocos reduziu o índice de trabalho infantil e conseguiu elevar a taxa de escolarização. Porém, é ainda escassa a fiscalização ao cumprimento das leis que proíbem o emprego de crianças menores de 15 anos para serviços domésticos e a aplicação de sanções aos patrões que facilitam o recrutamento. O relatório da HRW foi feito com base num estudo desenvolvido em Casablanca, Rabat, Marrakech e Imintanoute. a maioria das meninas entrevistadas referiu que trabalha 100 horas por semana, que raramente tem um dia de descanso semanal, e nunca foi à escola. Os últimos dados estatísticos conhecidos mostram que existem em Marrocos entre 66 mil e 86 mil menores de 15 anos a trabalhar como empregados domésticos.