a aproximação de mais um final de ano é um convite aos cristãos para que façam um balanço ao seu caminho espiritual
a aproximação de mais um final de ano é um convite aos cristãos para que façam um balanço ao seu caminho espiritual a liturgia chega ao fim de mais um ano. ao longo deste período o cristão foi convidado a acompanhar os passos de Jesus, num caminho espiritual que deveria levar à adesão plena ao projeto de Deus para a humanidade. assim, é tempo de revisão, de avaliação. as empresas no final de cada ano fazem um balanço para avaliar a situação em que se encontram. Ora, também o cristão no final de mais um ano é convidado a fazer um balanço daquele que foi o caminho espiritual. Estará mais próximo de aderir plenamente ao projeto de Deus ou estará mais longe? Foi um caminho de aproximação ou de afastamento? Infelizmente este balanço nem sempre é feito. Também nas coisas da fé é preciso ser sério, é necessário avaliar e buscar sempre o caminho que leve até à adesão plena. Cristo: o rei Na sociedade civil os reis são conhecidos pela sua opulência, pelo seu estilo de vida, mas será que essa imagem pode ser aplicada a Jesus? O que é que Jesus tem a ver com as representações de reis que a sociedade oferece? Felizmente o rei de que fala a liturgia tem outro estilo. Para que não haja dúvidas, o Evangelho apresenta Jesus perante um rei, Pilatos, que o acusa de querer ser rei. a primeira pergunta que Pilatos faz a Jesus é sem Ele tem pretensões messiânicas. Se pretende restaurar o reino de David e libertar Israel dos opressores. a resposta de Jesus deixa Pilatos confuso. Não nega de ser o Messias de Israel, mas coloca-se numa outra perspetiva. Não é um rei poderoso, cruel e violento que se impõe pela força, mas ao contrário, é um rei indefeso e traído pelos próprios amigos. Rei da Verdade Jesus apresenta-se como o rei ao serviço da verdade, a sua missão é a de dar testemunho da verdade. Verdade que no Evangelho de João significa a própria realidade de Deus. Jesus vai dar testemunho desta verdade no concreto da sua vida, com os seus gestos e palavras, ao demonstrar o amor de Deus para com todos, mas privilegiando os menores, aqueles que não contam. assim, a luta de Jesus é contra tudo aquilo que vai contra esta verdade. Rei entregue Por duas vezes, o Evangelho refere esta afirmação: Jesus é entregue. Este é o estilo da realeza de Jesus. Um rei que se entrega nas mãos de Deus e ao serviço do próximo. Toda a vida de Jesus é um entregar-se ao outro, para que esse outro possa alcançar a vida plena. Basta pensar nos inúmeros encontros que os evangelhos relatam dos encontros de Jesus com os necessitados de vida: os doentes, os possuídos, os atormentados, os mortos. a todos Jesus ofereceu a vida. Jesus entregou-se para entregar a vida aos que a procuram. Jesus o nosso Rei Num mundo onde parecem faltar líderes que orientem, que apontem caminhos, onde cada vez mais se escutam casos de abuso de poder, Jesus apresenta-se como o verdadeiro líder, aquele que aponta para o caminho que leva à felicidade suprema, sem ter outros interesses, sem outras pretensões.