Esta quarta-feira, 21 de novembro, é o dia em que a liturgia da Igreja faz memória da apresentação da Virgem Maria no Templo. é um dia dedicado às Irmãs de clausura. São mulheres que privilegiam o silêncio e a oração
Esta quarta-feira, 21 de novembro, é o dia em que a liturgia da Igreja faz memória da apresentação da Virgem Maria no Templo. é um dia dedicado às Irmãs de clausura. São mulheres que privilegiam o silêncio e a oraçãoO jornal do Vaticano L’Osservatore Romano relaciona este dia da clausura com o ano da Fé. Há quem veja neste retirar-se do mundo uma vida pouco produtiva ou até indolente. Mas a vida de oração não é uma vida preguiçosa. Rezar significa entreter-se em conversa com uma pessoa amada. Enquanto o amor resistir, rezar tem um sentido e ajuda a viver coerentemente com o amor, sublinha o articulista.

a decisão destas mulheres de culturas tão diferentes, muitas delas profissionais que renunciaram à sua carreira para se retirarem no mosteiro e se dedicarem totalmente a Deus na solidão e na oração, na época das agências de rating, é uma proposta insólita de vida alternativa. O que é que faz com que as pessoas se retirem do mundo? Não é fuga, mas é uma procura de valores esquecidos por aqueles que vivem no tumulto e no ativismo permanente. Uma só coisa é necessária dizia Jesus à Marta do Evangelho.
Trata-se fundamentalmente de uma decisão que envolve a fé em alguém que verdadeiramente seduziu essas pessoas. Na medida em que a fé em Jesus Cristo for vivida com amor, haverá boas razões para a fidelidade à vocação monástica. Se faltar o amor, tanto na vida cristã como na consagração total a Deus, falta também a fé, sublinha a reflexão do L’ Osservatore Romano.

Mas a fé e o amor para escolher o mosteiro alimentam-se com a oração. É característico da vida monástica rezar sempre. Não é uma coincidência que as mulheres consagradas sejam chamadas e conhecidas como orantes’ e passem grande parte da vida a rezar. Está tudo relacionado com o amor e o espírito de fé.
a Igreja, que é mestra também nestes caminhos da mística, tem na sua história exemplos claros de vida claustral. Teresa de Ávila e Teresa de Lisieux, entre tantas outras, são ainda hoje modelo de vida consagrada na clausura. O que escreveram sobre o assunto é, ainda hoje, de uma atualidade espantosa.