Com o calor a apertar, os estudantes do Guiúa, em Moçambique, começam a arrumar os livros, para umas merecidas férias. é tempo de festejar as conquistas de mais um ano letivo e reconhecer o esforço dos alunos mais aplicados
Com o calor a apertar, os estudantes do Guiúa, em Moçambique, começam a arrumar os livros, para umas merecidas férias. é tempo de festejar as conquistas de mais um ano letivo e reconhecer o esforço dos alunos mais aplicados No mês de novembro, em Moçambique, é tempo de férias. Chega o calor, que aperta já, com muita humidade. É o tempo das mangas, que eclodem nas árvores frondosas, de copas gigantes e verdes. São centenas de mangas amarelas, laranja ou quase vermelhas, um sinal de abundância nesta terra de tantas carências. Na Missão do Guiúa, uma a uma, vão encerrando as atividades: primeiro, com o fim das aulas da escola primária, encerramos a Escolinha. Os mais pequeninos, vestiram pela última vez este ano os seus bibes e, acompanhados dos seus pais, receberam os seus trabalhos de todo o ano e um diploma que exibiam com orgulho. Foi dia de sumo, mikatis (os bolinhos de festa de cá) e também de chupa-chupas. Foi dia de muita brincadeira no novo parque infantil da Escolinha. Depois foi a vez do curso de costura. Os alunos mais jovens terminaram os seus trabalhos e, juntamente com as monitoras organizaram uma exposição de bordados, crochet e costura. Houve uma cerimónia preparada pelos estudantes, com teatro e danças e a entrega de uma toalha bordada ao diretor do Centro e à representante do diretor da Escola. Mas também os alunos receberam um presente: uma caixinha com um kit de costura. Linhas, agulhas, fita métrica e tesoura, tudo para continuarem a praticar. O melhor aluno deste ano foi um rapaz, o Cremildo. a ele foi oferecida uma boa tesoura, para se poder lançar com mais confiança no corte e costura para o que revelou grande aptidão. Também os alunos das explicações já terminaram as suas aulas e tiveram entrega dos seus trabalhos, realizados ao longo do ano. Os que ainda não sabiam ler e aprenderam, ganharam também uma pasta, material escolar e um livro de histórias. Um presente que os deixou muito contentes. Os catequistas, preparam também a sua despedida. Esta será já no dia 6 de dezembro, na missa de envio, celebrada em plena assembleia Diocesana. aos poucos, o ritmo abranda e o Guiúa silencia-se. É tempo da espera, espera da chuva, que parece não querer cair mas que é tão precisa para o amendoim germinar. É o tempo que anuncia o advento, tempo de recolha e preparação. ao contrário da Europa, onde o frio, a luz e a cor, tomam conta do horizonte, aqui é no calor e no silêncio da sombra refrescante que esperamos a chegada do Menino Jesus.