“até aqui posso chegar”, disse o governante numa mensagem transmitida por televisão a todo o país.
“até aqui posso chegar”, disse o governante numa mensagem transmitida por televisão a todo o país. No meio da pior crise de todo o seu mandato e depois de 20 conturbados meses de governo, o presidente da Bolívia, Carlos Mesa, apresentou, na noite de 6 de Junho, a sua demissão e afirmou que “o país está a desmoronar-se”.
O presidente demissionário assegurou que não pretende abandonar o país, ratificando o seu direito a permanecer na Bolívia. anunciou também a sua permanência à cabeça do governo até que o parlamento escolha o seu sucessor. ” a minha responsabilidade termina no dia em que o congresso nacional tome uma decisão. Não vou abandonar a minha responsabilidade”, explicou.
Mesa reconheceu que o seu mandato “não atingiu os objectivos traçados”. Foram 20 meses de tensão devido à convulsão social gerada pela controvertida lei dos hidrocarbonetos e a exigência das cidades de Santa Cruz e de El alto de obter plena autonomia.
O governante pediu desculpa aos cidadãos que confiaram nele e agradeceu “Às forças armadas e à polícia por terem apoiado a democracia”. “Ponho o cargo à disposição para não converter-me num obstáculo, ou num factor de destruição”, disse. agradeceu também à igreja católica, maioritária no país, desejando “sorte nas negociações com as que pretendem pacificar o país”.
Mesa reconheceu que deve ser o parlamento a definir a sucessão constitucional da Presidência da Bolívia. Segundo a constituição ante uma demissão do chefe do executivo é o presidente do senado, Hormando vaca, quem deve assumir o poder. Se ele não aceita ou não é ratificado pelo congresso, é o líder da câmara dos deputados, Mário Cossio, que deve assumir o governo. a terceira opção é o presidente do tribunal supremo, Eduardo Rodrí­guez.