«Grave» situação económica e social do país obriga a uma mudança de hábitos de vida que deve começar pelos mais favorecidos, referiu o presidente da Cáritas Portuguesa
«Grave» situação económica e social do país obriga a uma mudança de hábitos de vida que deve começar pelos mais favorecidos, referiu o presidente da Cáritas Portuguesa a superação da crise económica e financeira vivida em Portugal reclama novos estilos de vida e é nessa mudança que está a verdadeira refundação para o país,disse Eugénio Fonseca na abertura do Conselho Geral da Cáritas. Na sua intervenção, o presidente da organização humanitária da Igreja Católica realçou que essa alteração deve começar por quem tem mais.
Não podem ser só, nem sobretudo, as classes pobres a cumprir esta obrigação. Ela deve começar por quem aufere salários principescos, dispõe de mais de uma fonte de rendimento, construiu, ilegitimamente, fortunas, defendeu o presidente da Cáritas Portuguesa esta manhã, em Fátima.
Nesta mudança de hábitos de vida, Eugénio Fonseca referiu que há direitos, que são intocáveis porque colidem com a sobrevivência digna dos seres humanos: o acesso a uma alimentação equilibrada, a uma habitação condigna, a cuidados de saúde, à escolarização.
Referindo-se à época atual como um tempo decisivo, este responsável frisou que a situação económica e social do país é muito grave e tudo indica que a tendência para os próximos meses, se não anos, é ainda de maior agravamento. Perante as dificuldades vividas pelos portugueses, o presidente da Cáritas lembrou que a Igreja em geral e, em particular, a Cáritas ainda não esgotaram todas as suas potencialidades.